Thursday, December 14, 2006

Rui rio compara Pinto da Costa a Bernard Tapie e Gil y Gil...

"O Porto não conquistou a sua credibilidade no País, nem o pode fazer com o bairrismo típico, dizendo que o melhor é o futebol. Não é uma boa política. Não quero estar a falar de futebol, ainda mais num momento como o que está a acontecer aqui (apito dourado) e que me faz lembrar os casos Tapie (ex-presidente do Marselha) e Gil Y Gil (antigo presidente do Atlético de Madrid)".Rui Rio, autarca do Porto, mandando farpa sobre o Apito Dourado em colóquio público"O senhor Rui Rio, número 2 do PSD, será julgado pelo povo português no dia 20 de Fevereiro. Como presidente da Câmara da minha cidade do Porto, terá de me enfrentar nas próximas eleições autárquicas. Não estou a dizer que sou candidato, nem que deixarei de ser".Pinto da Costa, durante a cerimónia da recepção de um prémio na Galiza.
PS: Rui rio ganhou essa eleiçoes á camara do Porto...

Tuesday, December 12, 2006

FC Porto pode descer de divisão


O FC Porto arrisca descer à Liga de Honra caso seja condenado em tribunal por prática de corrupção da equipa de arbitragem.

Segundo noticiou ontem o jornal ‘Expresso’, Ana Cláudia Nogueira, juíza de instrução do processo ‘Apito Dourado’, escreveu em despacho que pessoas próximas de Pinto da Costa (Reinaldo Teles e o empresário António Araújo) pagaram favores sexuais ao árbitro Jacinto Paixão e aos assistentes José Chilrito e Manuel Quadrado para beneficiarem o FC Porto no jogo com o Estrela da Amadora, relativo à 19.ª jornada da época passada. Os ‘dragões’ lideravam já a classificação com 11 pontos de avanço quando receberam o Estrela, a 24 de Janeiro de 2004, tendo vencido por 2-0, com dois golos irregulares, uma vez que os seus autores estavam em posição de fora-de-jogo. As conclusões da juíza baseiam-se em escutas telefónicas de conversas entre Pinto da Costa e o empresário António Araújo, bem como em depoimentos dos elementos envolvidos.O regulamento Disciplinar da Liga é claro e em casos como este a pena é a descida de divisão. No artigo 51.º, relativo a corrupção da equipa de arbitragem, pode ler-se que o clube infractor é punido com “baixa de divisão” e “multa de 50000 a 200000 euros”. Ou seja, caso o FC Porto seja de facto condenado por corrupção aconteceria o impensável e o actual campeão nacional e europeu teria de disputar a Liga de Honra.No entanto, existe o risco de que, mesmo havendo uma condenação em tribunal pela prática de corrupção, esta não tenha consequências a nível desportivo. Esta é pelo menos a tese defendida por José Manuel Meirim, especialista em Direito Desportivo. Para este jurista, o facto de a Comissão Disciplinar (CD) da Liga não ter ainda instaurado qualquer inquérito aos agentes envolvidos no ‘Apito Dourado’ pode levar a que os eventuais ilícitos cometidos já tenham prescrito quando for conhecida a sentença.“Esperava-se que já tivesse havido abertura de processos disciplinares por parte da Liga e da FPF para indagar da existencia de ilícitos, mas nao houve e corre-se o risco de, no final do processo criminal e tendo em conta a demora da Justiça, a infracção disciplinar se encontrar prescrita”, afirma Meirim.De acordo com o n.º 2 do artigo 16.º do Regulamento Disciplinar da Liga, nas infracções disciplinares muito graves há “um prazo de prescrição de cinco anos sobre a data em que a falta tenha sido cometida”. Por outro lado, o n.º 6 do art.º 6.º diz que a CD só é obrigada a “instaurar procedimento disciplinar” caso haja uma “decisão judicial condenatória transitada em julgado pela pratica de infracção que revista também natureza disciplinar”. Ou seja, só depois de a sentença ser definitiva e sem direito a recurso (no limite, estamos a falar de uma sentença do Supremo) a CD é obrigada a abrir processo. E nessa altura poderá ser tarde e os crimes terem prescrito, até porque se prevê uma longa batalha jurídica. Já fonte próxima da CD da Liga garantiu ao CM que nesta fase não é possível instaurar inquérito disciplinar. “Qualquer procedimento disciplinar seria prematuro e não teria fundamento legal porque a prova assenta em escutas cujo teor a CD desconhece”, defende a nossa fonte.Refira-se contudo que o número 5 do artigo 6.º do regulamento permite que a CD instaure processo disciplinar mesmo que haja “aplicação de penas criminais ou sanções administrativas”. DESPACHO DA JU]IZA TRAMA PINTO DA COSTAO despacho que a juíza do ‘Apito Dourado’, Ana Cláudia Nogueira, deu após os interrogatórios ao árbitro Jacinto Paixão e respectivos auxiliares, ao qual o ‘Expresso’ teve acesso, diz que Pinto da Costa é pessoalmente responsável por ofertas a àrbitros, incluindo prostitutas. Segundo o semanário, Jacinto Paixão confessou que foi ‘presenteado’ com serviços de prostituição após o FC Porto-E. Amadora (2-0), do ano passado. Contratadas pelo empresário António Araújo, também ele arguido, as prostitutas terão sido apresentadas aos árbitros, no dia do jogo, após um jantar pago pelo dirigente portista Reinaldo Teles. Em tribunal, os árbitros negaram saber que as prostitutas – receberam 150 euros cada – tenham sido pagas por pessoas ligadas ao FC Porto, mas a juíza parece não ter tido dúvidas em considerar Pinto da Costa o responsável. "PODERES PÚBLICOS NÃO SE METEM COM O FUTEBOL"José Manuel Meirim, especialista em Direito Desportivo, critica posição da Liga.Correio da Manhã – Defende que a Comissão Disciplinar da Liga abra processos aos arguidos do ‘Apito Dourado?João Manuel Meirim – Sim. Este caso tem duas vertentes, uma ao nível do direito penal e outra ao nível disciplinar, no âmbito da Liga. A primeira está a evoluir, mas a segunda não. Esperava-se que houvesse abertura de processos disciplinares.– Porquê?– Porque se corre o risco de no final do processo criminal a infracção disciplinar se encontrar prescrita, sendo que o prazo é de cinco anos. O Regulamento Disciplinar da Liga só obriga a instaurar inquérito quando houver sentença transitada em julgado, sem hipótese de recurso, mas tendo em conta a demora da Justiça poderá ser tarde.– Defende uma intervenção do Estado?– Sim. A Liga tem um poder disciplinar qualificado pela lei como de natureza pública e, portanto, o Governo, nomeadamente o responsável pelo Desporto, já devia ter perguntado à Liga por que motivo não o exerce. Abrir o processo já contaria para efeitos de prescrição e se não o fizerem estão a violar o estatuto de utilidade pública desportiva. – Na sua opinião, por que motivo o Estado não age?– Há uma omissão dos poderes públicos para não se meter os com poderes do futebol. REGULAMENTO DISCIPLINAR DA LIGA PORTUGUESA DE FUTEBOL PROFISSIONALArtigo 6.º(Autonomia do regime disciplinar desportivo)2. As pessoas singulares serão punidas pelas faltas cometidas durante o tempo em que desempenhem as respectivas funções ou exerçam os respectivos cargos, ainda que as deixem de desempenhar ou passem a exercer outros.4. A Comissão Disciplinar, oficiosamente ou a instâncias de qualquer interessado, deverá comunicar ao Ministério Público e demais entidades competentes as infracções que possam revestir natureza criminal ou contra-ordenacional, sem prejuízo da tramitação do processo disciplinar desportivo que, por esse facto, não deverá ser suspenso.5. A aplicação de penas criminais ou sanções administrativas não constitui impedimento, atento o seu distinto fundamento, à investigação e punição das infracções disciplinares de natureza desportiva.6. O conhecimento pela LFPF de decisão judicial condenatória, transitada em julgado, pela prática de infracção que revista também natureza disciplinar, obriga à instauração de procedimento disciplinar, excepto se o mesmo já estiver prescrito.Artigo 16.º(Prescrição do procedimento disciplinar)1. O direito de exigir responsabilidade disciplinar prescreve ao fim de três anos, um ano ou um mês, consoante as faltas sejam, respectivamente, muito graves, graves ou leves, sobre a data em que a falta tenha sido cometida, salvo o disposto nos números seguintes.2. Se o facto qualificado de infracção disciplinar for também considerado infracção penal, o prazo de prescrição será de cinco anos.3. A prescrição interromper-se-á no momento em que é instaurado o procedimento disciplinar, voltando a correr o prazo se aquele permanecer parado mais de dois meses, por causa não imputável ao arguido.4. O prazo da prescrição começa a contar-se desde o dia em que o facto ocorreu.5. Trinta dias após a realização de um jogo, considera-se o seu resultado tacitamente homologado, pelo que, quer os protestos sobre qualificação de jogadores quer as denúncias de infracções disciplinares admitidos e feitos depois daquele prazo não terão quaisquer consequências relativamente a esse jogo e na tabela classificativa, ficando os infractores unicamente sujeitos às penas disciplinares previstas e aplicáveis para os ilícitos que vierem a ser provados.Artigo 51.º(Corrupção da equipa de arbitragem)1. O Clube que, através da oferta de presentes, empréstimos, promessas de recompensa ou de, em geral, qualquer outra vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer elemento da equipa de arbitragem ou terceiros, directa ou indirectamente, solicitar e obtiver, daqueles agentes uma actuação parcial por forma a que o jogo decorra em condições anormais ou com consequências no seu resultado ou que seja falseado o boletim do encontro, será punido com as seguintes penas:a) Baixa de divisão;b) Multa de 50.000 euros (cinquenta mil euros) a 200.000 euros (duzentos mil euros)Artigo 151º – A(Corrupção da equipa de arbitragem)Os árbitros e árbitros assistentes que solicitem ou aceitem, para si ou para terceiros, directa ou indirectamente, quaisquer presentes, empréstimos, vantagens ou, em geral, quaisquer ofertas susceptíveis, pela natureza ou valor, de pôr em causa a credibilidade das funções que exercem são punidos com a pena de suspensão de dois a dez anos.

Relativo à inquirição de Pinto da Costa,

aqui pode ler todas as acusações feitas pelo Ministério Público ao presidente do FC Porto, e cuja defesa o Sportugal apresenta no artigo principal.I. Superliga 2003/2004Jogo Nacional-Benfica (22.02.04)Árbitro – Augusto Duarte (AD)Dia 17.02.04, 19:29 – Rui Alves, presidente do Nacional telefona a António Araújo (AA)18.02.04, 18:39 – AA contacta Augusto Duarte (AD)18.02.04, 18:02 – AA liga a Rui Alves, presidente do Nacional19.02.04, 12:55 – AA liga a Luís Gonçalves (ligado à SAD)20:00 – AA encontra-se com Augusto Duarte no café “Ferreirinha”Há ainda registo de mais contactos entre AA e Augusto Duarte, Augusto Duarte com Fernando Gomes, e AA com Fernando GomesJogo Beira-Mar-FC Porto (18.04.04)Árbitro – Augusto Duarte 16.04.04, 10:56 – AA contacta várias vezes ADAA combina com Pinto da Costa (PC) encontro com AD à noiteAA e AD encontram-se na igreja das Antas. Depois reúnem-se com PC, o encontro demora cerca de uma hora e meia.18.02.04, 23:51 – depois do jogo PC liga a Pinto de Sousa, que estava com AD, e comenta que o árbitro não tinha beneficiado muito o FC Porto.II. Taça de Portugal, época 2002/2003Final da Taça26.05.03, 14:47 – PC conversa com Pinto de Sousa e sugere vários nomes de árbitros para a Final. Isidoro Rodrigues, António Costa e Pedro Henriques. “Qualquer um destes três à sua escolha”, afirma.3.06.04, 19:52 – PC telefona a Pinto de Sousa e acrescenta o nome de Bruno Paixão1.07.04 - Pinto de Sousa telefona a João Rodrigues, e diz que consegue que Pedro Henriques fique em 3.º. Os dois primeiros árbitros não estavam no país, o que seria uma justificação plausível para a nomeação de Pedro Henriques.Pinto de Sousa explica a António Garrido que Pedro Henriques passou de 4.º para 3.º lugar, devido a “factores de correcção”. No mesmo dia (16:23) PC telefona a Pinto de Sousa.Jogo FC Porto-Maia (17.12.03)Árbitro – Nuno AlmeidaResultado: FCP 3-0O presidente da Comissão de Arbitragem escolheu o árbitro depois de consultar PC que lhe disse “bom árbitro”. PC também escolheu um dos assistentes, Paulo Januário, e disse: “está bem, ajuda”.III. Supertaça – Época 2002/2003Final da Supertaça entre Leiria e FCP (12.08.03). Resultado: FCP 1-030.07.03 – PC indicou a Pinto de Sousa o árbitro Pedro Proença. Pinto de Sousa aceitou a “sugestão”.IV. Caso “Deco” - Boavista-FC Porto24.10.03, 14:24 – Valentim Loureiro (VL) telefona a PC por causa de Deco ter atirado uma bota ao árbitro, disposto a intervir para minorar a penalização29.10.03 - Pinto de Sousa fala com Paulo Paraty e convence o árbitro a evitar a expressão “agressão” e a utilizar “comportamento incorrecto”.19:19 – Pinto de Sousa liga a PC e diz o que falou com o árbitro, e diz para Deco ou Reinaldo Teles pedirem desculpa ao árbitro.30.10.03, 14:16 – VL telefona ao Dr. E. Medeiros (da LPFP) para saber quem era o juiz do Caso Deco e pergunta se é “um gajo acessível ou se é uma merda”.14:44 – VL fala com o magistrado14:46 – VL liga ao filho João Loureiro22:50 – VL liga ao Dr. E. Medeiros “no sentido de serem feitos todos os esforços para Deco ser suspenso antes do jogo com o Boavista”Isso não aconteceu e Deco só foi suspenso a 22.11.0329.10.03, 20:56 – VL telefona a pessoa identificada para que a RTP só passe as primeiras imagens (relativas ao chão, sendo que as segundas se referiam ao árbitro): “Ouça lá, se não houver branqueamento da situação (...) aquilo no mínimo são 3 meses, pá, no mínimo, que é a negra a 50%, pá”. Caso disciplinar de Pinto da Costa - Caso ManicheDr. Lourenço Pinto liga a PC e convence-o a falar com VL sobre a queixa do Benfica, em Outubro de 2003.5.01.04 – PC e VL almoçam juntos14:36 – VL liga ao juiz desembargador e este confirma que o processo seria arquivado e que PC já sabia, de antemão, que seria esse o despacho.15:10 – VL liga à esposa e refere que almoçou com PC e que este lhe ofereceu um relógio de ouro do Centenário do FC Porto.Caso do processo disciplinar a José Mourinho/ jogo Sporting-FC PortoO roupeiro do Sporting leva 2 camisolas de Rui Jorge (n.º 23) para trocar com Jorge Costa e Deco, que foram devolvidas, e uma delas vinha rasgada, tendo-lhe sido explicado: “o mister mandou dizer que a tinha rasgado e ainda para dizer ao Rui Jorge que queria que ele morresse em campo”.Adelino Caldeira, jurista do FCP, toma conhecimento do delegado da Liga ao jogo (Paulino de Carvalho, de Braga), e informa PC. Há contactos com o delegado da Liga. PC reúne com VL, Adriano Caldeira e juiz desembargador Gomes da Silva.Pelo exposto resultam fortes indícios da prática de:- 3 crimes de Corrupção Desportiva Activa (relativo aos jogos FCP-Estrela Amadora, Nacional-Benfica, Beira-Mar-FCP)- 1 Crime de Falsificação de Documento Agravado sob a forma de cumplicidade (relativo a manobras de classificação do árbitro que apitou a final da Supertaça entre FCP e U. Leiria)- 3 Crimes de Tráfico de Influência Activa (relativo aos casos Deco, processo disciplinar de PC e caso José Mourinho)Resultam indícios, mas não fortes, da prática de:- 1 Crime de Corrupção Desportiva Activa (relativo ao jogo FCP-Nacional)- 3 Crimes de Abuso de Poder sob Forma de Instigação (relativo aos jogos FCP-Maia, Sp. Braga-FCP e FCP-U. Leiria)PMN2006-12-12 02:23 O interrogatóriode Pinto da Costa O líder portista confessou à juíza que o seu rendimento mensal era de 400 euros, revelou que não queria Maniche no FC Porto, elegeu António Araújo como o empresário português melhor colocado no Brasil e ainda disse que acreditava mais em Fernando Santos do que em José Mourinho

Saturday, December 9, 2006



Apito Dourado: Juízes espiados por detectives privadosOs magistrados do processo «Apito Dourado» foram submetidos durante meses em 2004 e 2005, à vigilância de detectives privados, visando a sua vida privada e familiar, incluindo a orientação sexual, informa hoje o Correio da Manhã.
Ao que o jornal apurou, Carlos Teixeira, procurador titular do «Apito Dourado», foi o mais visado, chegando a ser perseguido durante a noite à saída do Tribunal de Gondomar.
As vigilâncias, refere o CM, incluíram dirigentes e inspectores da PJ, além de funcionários judiciais, para tentar condicionar e obstruir a acção dos profissionais da Justiça.

Friday, December 8, 2006

Falaste demais, a Mafia limpou-te o sebo...

Apito Dourado: PS de Gondomar estranha substituição de juízaSocialistas dizem que "há claros indícios de que alguém quer matar o processo"O presidente do PS de Gondomar, Ricardo Bexiga, disse hoje estranhar a substituição da juíza do caso "Apito Dourado", afirmando que Paulo Abreu Costa, o juiz que vai substituir Ana Cláudia Nogueira no processo, no âmbito do movimento anual dos juízes, é filho do assessor de Valentim Loureiro para a área jurídica na autarquia local e irmão do fiscal municipal de obras na mesma Câmara.Numa conferência de imprensa convocada para debater as incidências do processo na gestão autárquica de Gondomar, Ricardo Bexiga sublinhou que à transferência dos dois principais investigadores do caso para Cabo Verde e França se soma agora a substituição da juíza responsável pelo inquérito, Ana Cláudia Nogueira."O juiz que vai substituir Ana Cláudia Nogueira [no âmbito do movimento anual dos juízes] é Paulo Abreu Costa, filho de João Araújo Costa, assessor para a área jurídica de Valentim Loureiro na Câmara de Gondomar, e irmão de Nélson Costa, fiscal municipal de obras na mesma autarquia", adiantou Ricardo Bexiga.O líder do PS de Gondomar acrescentou que Paulo Abreu Costa é "um juiz muito jovem que estava colocado no Tribunal de Menores de Braga e que tinha indicado o Tribunal de Gondomar em 61º lugar na sua lista de preferências em caso de transferência"."Há claros indícios de que alguém quer matar o processo, com movimentações que põem em causa a independência da justiça", disse Ricardo Bexiga."Esta situação põe em causa a independência da magistratura", afirmou Ricardo Bexiga, acrescentando que compete agora ao Conselho Superior da Magistratura "explicar as razões deste movimento".Ricardo Bexiga considerou também "lamentável" que Valentim Loureiro insista em permanecer à frente da Câmara Municipal de Gondomar nas actuais condições.Valentim Loureiro é suspeito, no âmbito do processo "Apito Dourado", de 18 alegados crimes de corrupção activa, quatro de tráfico de influência e um crime de corrupção passiva.No âmbito do mesmo processo, que envolve um total de 16 pessoas em alegados crimes ao nível do futebol, encontra-se preso preventivamente, desde há dois meses, o vice-presidente da autarquia e presidente do Gondomar Sport Clube, José Luís Oliveira, enquanto um outro vereador se encontra sob medidas de coacção e impedido de contactar o presidente.O PS de Gondomar reiterou a sua posição de que Valentim Loureiro "deveria pôr os interesses dos gondomarenses à frente dos seus e suspender o seu mandato até ao cabal esclarecimento de toda a situação".Ricardo Bexiga considerou ainda que a autarquia se encontra paralisada na sequência do processo "Apito Dourado", com apenas três vereadores a gerir todos os pelouros da Câmara.



Pinto da Costa acusado de mandar agredir Ricardo BexigaCAROLINA SALGADO DECLAROU À TSF

Carolina Salgado, antiga companheira do presidente do FC Porto, acusa Pinto da Costa de ter mandado dar uma sova em Ricardo Bexiga, vereador da Câmara Municipal de Gondomar, que, alegadamente, foi quem deu origem ao caso "Apito Dourado". Em declarações à TSF, Carolina Salgado afirmou que Pinto da Costa lhe pediu "para falar com as pessoas" e que foi "o veículo de transmissão", tendo pago cerca de 10.000 euros pelo serviço, avançou hoje o jornal 24 Horas, recorrendo a excertos da biografia da antiga companheira do líder dos dragões. Segundo o jornal diário, as agressões a Ricardo Bexiga aconteceram a 25 de Janeiro de 2005, um dia depois Carolina Salgado deslocou-se ao escritório de Lourenço Pinto, outro dos implicados no "Apito Dourado", tendo ficado chocada quando percebeu que o objectivo não era uma simples coça. "Fiquei chocada. Quando lá cheguei o doutor Lourenço Pinto disse: 'parabéns minha querida, mas ele ficou a falar'. O objectivo era muito mais do que isso", referiu Carolina Salgado, que assumiu que não se sente tranquila por ter estado envolvida neste caso e se mostrou preparada para assumir as consequências dos seus actos. A estação de rádio entrou ainda em contacto com Ricardo Bexiga, que afirmou que estas revelações vão ser entregues ao Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto e que mais importante do que saber quem foram os mandantes das agressões. O vereador do Partido Socialista revelou ainda que há neste caso componentes políticas e desportivas que é preciso conhecer, sendo que já são do conhecimento do Ministério Público.

'Árbitros iam lá a casa'




Ex-Mulher de Pinto da costa abre o livro:

Uma dança ao som de Brand New Days, de Sting, celebrou o princípio da relação entre Jorge Nuno Pinto da Costa e Carolina Salgado, que esta quinta-feira lançou um livro que não deve estar muito tempo nos escaparates. "Eu, Carolina" é um livro de 162 páginas que compromete Jorge Nuno Pinto da Costa em muitas situações, nomeadamente no que diz respeito ao processo Apito Dourado. No início do livro, Carolina revela que conheceu o presidente do FC Porto, com a mediação de Reinaldo Teles, um dos homens da SAD portista que frequentavam o Calor da Noite, bar de alterne, onde trabalhava madrugada dentro.Joaquim Oliveira, empresário dos media, também frequentava o local assiduamente, e quando surgia era “sinónimo de festa de arromba”. “As minhas pernas começaram a tremer, senti um frio no estômago e tive que sair da pista de dança”, lembra quando viu Pinto da Costa pela primeira vez. “Previ que estava a nascer um grande amor e não me enganei. Dançámos três músicas seguidas e a sensação que tinha era que apenas existíamos nós, não havia ninguém em volta. Fez-me sentir uma verdadeira princesa”, confessa. Estávamos no Outono de 2000.Depois, o início das revelações que comprometem Pinto da Costa: “Sempre que, durante um jogo, o Jorge Nuno achava que o árbitro tinha prejudicado o FC Porto ligava ao senhor José António Pinto de Sousa, presidente do Conselho de Arbitragem, que lhe atendia o telefone, começando por manifestar a sua indignação perante a incompetência do árbitro, mas acabando sempre por marcar um jantar para fazer as pazes.” Pinto da Costa festejou vitória da GréciaUma das confissões mais relevantes da ex-mulher de Pinto da Costa reside no facto de o presidente do FC Porto ter festejado o triunfo da Grécia no Euro 2004. “O Jorge Nuno alterou-se com o senhor Scolari quando percebeu que este não cederia às suas vontades. O que incomodava Jorge Nuno era o facto de toda a gente ter percebido que o presidente do FC Porto perdera o poder que gostava de ostentar sobre todos os aspectos do futebol português, incluindo a equipa de todos nós. Conheço casas onde o desaire [refere-se à derrota de Portugal na final do Euro 2004 com a Grécia] foi festejado com a abertura de uma garrafa de champanhe. A minha, por exemplo. E assumo o risco da impopularidade que uma revelação destas pode causar. Politicamente falando era intolerável para o Jorge Nuno ter de suportar a vitória portuguesa no Euro 2004, que, para ele, não seria mais do que o sucesso de Scolari contra a sua pessoa“, revela.Apito de alerta do amigo Lourenço Pinto...Como dissemos acima, Carolina Salgado confessa ao pormenor como Pinto da Costa geriu a sua vida quando o processo Apito Dourado rebentou. “Foi o doutor Lourenço Pinto quem, às sete da manhã, nos telefonou para casa avisando que o major, o doutor Pinto de Sousa e alguns funcionários da Câmara de Gondomar tinham recebido a visita da PJ. O Jorge Nuno ficou deveras perturbado com o que estava a acontecer ao major. Receava que o major ou Pinto de Sousa falassem de mais. Esta era a sua preocupação”, relata. Na véspera da sua detenção, que nunca chegou a acontecer, Pinto da Costa contou com uma preciosa ajuda, nada mais nada menos que Lourenço Pinto, advogado do major Valentim Loureiro.Tendo em conta o acontecimento, o conhecido advogado, segundo Carolina Salgado, marcou um almoço no restaurante Boucinha, em Vila Nova de Gaia. “À mesa fomos informados com pormenor da situação. Na manhã do dia seguinte, uma brigada da PJ iria entrar na nossa casa e na casa de Reinaldo Teles com mandados de busca e de detenção (…) Foi muito acentuado que os agentes eram de Lisboa, como se por isso o perigo triplicasse, o que não me pareceu uma análise correcta. (…) Quer o Jorge Nuno, quer o Reinaldo Teles ficaram petrificados com as informações. O Reinaldo ficou branco, quanto ao Jorge Nuno, o que ouviu da boca do dr. Lourenço Pinto deu-lhe positivamente a volta à barriga. Não havia tempo a perder. O Jorge Nuno tinha de sair do país”, diz. António Araújo não foi avisado, segundo Carolina Salgado, por ser “o elo mais fraco” e para que a estratégia montada “funcionasse na perfeição”. A mãe de Carolina estava incumbida de atender os agentes da PJ, tendo de dizer a frase previamente combinada: “O senhor Jorge Nuno e a esposa tinham aproveitado o feriado para dar um passeio.” Isto numa altura em que o casal se encontrava na Galiza. Como curiosidade, a mulher de Reinaldo Teles recebeu os agentes da PJ com uma frase elucidativa da sua seriedade: “Não dormiu cá. De certeza que passou a noite com alguma amante!”Reinaldo Teles pernoitou num hotel do Porto. Carolina Salgado lembra que ela e Pinto da Costa resolveram deixar o cofre da casa aberto, “numa atitude de descaramento e provocação”. Já em Espanha, “Jorge Nuno acusava o Major de ter falado de mais e não ter cuidado”. Confraternização com árbitrosPara sustentar a sua tese, Carolina faz uma confissão bastante perniciosa para o líder portista: “Os árbitros Martins dos Santos e Augusto Duarte eram visitas de nossa casa, sempre trazidos pelo António Araújo. Por ser muito cuidadoso, Jorge Nuno nunca falou com um árbitro ao telefone, nem precisava de o fazer, visto que eles iam lá a casa para confraternizar.” No dia do encontro, em casa, com o Beira-Mar, a contar para a Liga, Pinto da Costa combinou ir depor. Mas se ficasse detido havia uma estratégia bem montada: “Se, por acaso, Jorge Nuno ficasse detido por ordem da juíza-tal, como aconteceu com o major, os Super Dragões invadiriam o Tribunal, destruindo tudo à sua passagem, e libertariam o presidente. Cá fora, eu estaria à sua espera num local previamente combinado e fugiríamos para Espanha, de onde só regressaríamos sabe-se lá quando.” Entretanto, Carolina recorda que teve o “desprazer de ouvir Joaquim Pinheiro [irmão de Reinaldo Teles] dizer em voz bem alta que se não fosse ele o presidente estava engavetado, devido a uma informação de um amigo seu da PJ do Porto”. Redacção Sportugal