O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, está a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ), no âmbito das investigações da operação "Apito Dourado" e dos alegados favorecimentos na Câmara do Porto.De acordo com a edição desta semana do "Expresso", Pinto da Costa é uma das individualidades que se encontram na lista de autarcas, ex-presidentes de câmara e dirigentes desportivos que a PJ investiga. O dirigente do clube dos "dragões" será suspeito de "envolvimento em situações de corrupção desportiva", estando o seu nome ainda referenciado num caso de permuta de terrenos entre a autarquia do Porto e o o clube desportivo a que preside. No âmbito deste último caso, a casa do ex-presidente da Câmara do Porto, o socialista Nuno Cardoso, foi alvo esta semana de uma busca por parte da Polícia Judiciária, que levou três extractos bancários e dois contratos, um da venda da habitação onde residia e outro relativo à aquisição da casa que o ex-autarca adquiriu recentemente.Ainda segundo o "Expresso", Pinto da Costa estará ligado ao caso que envolve o presidente da Câmara de Gondomar e presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Valentim Loureiro, actualmente sujeito ao termo de identidade e residência, por suspeita de crimes de corrupção desportiva e tráfico de influência e alegado financiamento ilegal de partidos.A suspeita que recai sobre Pinto da Costa é baseada num telefonema gravado pela PJ, no qual o presidente do FC Porto apela a Valentim Loureiro que use a sua influência num processo disciplinar a correr contra si na Liga, por causa de declarações a criticar um árbitro. Em resposta, o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional sublinha que o assunto em causa não lhe compete mas que irá analisá-lo.Pouco depois, há um almoço entre os dois dirigentes, no qual Pinto da Costa presenteia Valentim Loureiro com um relógio comemorativo do aniversário do FC Porto, no valor de 150 euros.O Ministério Público poderá não ter provas suficientes para que seja formulada uma acusação contra Pinto da Costa, dado o valor simbólico do relógio oferecido, podendo ser necessário encontrar outras provas que sustentem as suspeitas contra o presidente do FC Porto.
O FC PORTO também hipotecou uma parcela de terreno que pertence à Câmara Municipal, incluindo-a nas garantias que deu ao sindicato bancário que financia o novo estádio. Segundo a explicação dada pelo clube à autarquia, tratou-se de um «lapso» provocado pelo facto de a parcela em causa ainda estar registada em seu nome, apesar de reconhecidamente já ter sido permutada com a autarquia.
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