Monday, December 4, 2006

FC Porto ofereceu prostitutas como contrapartidas aos arbitros






O árbitro Jacinto Paixão, arguido no caso de corrupção no futebol «Apito Dourado», confirmou hoje a presença de prostitutas no seu hotel, após arbitrar o jogo FC Porto-Estrela Amadora e apontou o dedo a dirigentes dos «dragões». «Quando chegámos ao hotel, estavam lá as senhoras. Três meninas que eu não sei quem lá as meteu. Corri com elas e, a partir daí, não sei o que se passou. Mas não tive relações sexuais», disse em entrevista à TVI. «Pensava que tinha sido uma brincadeira entre amigos (durante a viagem, com os dois assistentes e outros dois indivíduos de Évora)», recordou o árbitro que durante o percurso para a cidade do Porto ele e os seus companheiros falaram sobre o recurso ao serviço de prostitutas, tendo alguém avançado com o nome do empresário António Araújo, ligado a negócios de jogadores com o F.C. Porto e igualmente arguido neste processo. Na partida em causa, disputada a 24 de Janeiro de 2004, o FC Porto recebeu e bateu o «lanterna vermelha» Estrela Amadora, por 2-0, com dois golos do sul-africano Benni McCarthy, aos 30 e 49 minutos, embora o segundo tento tivesse sido obtido em posição irregular, no quarto minuto de compensação da primeira parte. «Reinaldo Teles estava no restaurante. Foi ele que nos levou», conta Jacinto Paixão. «Quando acabou o jogo, disse para nós o acompanharmos e, depois do jantar, levou-nos ao hotel. Caí numa cilada, sem saber de nada», disse, referindo-se ao responsável portista pelo departamento de futebol do clube azul e branco. «Não tenho razões para me arrepender» «Se eles (Pinto da Costa e António Araújo) combinaram alguma coisa, então que sejam punidos», disse ainda Jacinto Paixão. «Não tenho razões para me arrepender. Foi um jogo igual aos outros. Depois, na cassete, vi alguns erros que podiam ter sido colmatados, como o golo, em que havia fora-de-jogo, mas, lá dentro, não se pode ver tudo», acrescentou, sobre o FC Porto-Estrela Amadora. Jacinto Paixão argumentou depois que não faria sentido beneficiar os dragões, uma vez que, com José Mourinho como treinador, os azuis e brancos já dispunham de «onze ou nove pontos de avanço sobre o segundo e o terceiro classificados», mas a equipa orientada pelo actual técnico dos ingleses do Chelsea só tinha cinco pontos a mais do que o seu perseguidor, Sporting.

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