Thursday, December 14, 2006

Rui rio compara Pinto da Costa a Bernard Tapie e Gil y Gil...

"O Porto não conquistou a sua credibilidade no País, nem o pode fazer com o bairrismo típico, dizendo que o melhor é o futebol. Não é uma boa política. Não quero estar a falar de futebol, ainda mais num momento como o que está a acontecer aqui (apito dourado) e que me faz lembrar os casos Tapie (ex-presidente do Marselha) e Gil Y Gil (antigo presidente do Atlético de Madrid)".Rui Rio, autarca do Porto, mandando farpa sobre o Apito Dourado em colóquio público"O senhor Rui Rio, número 2 do PSD, será julgado pelo povo português no dia 20 de Fevereiro. Como presidente da Câmara da minha cidade do Porto, terá de me enfrentar nas próximas eleições autárquicas. Não estou a dizer que sou candidato, nem que deixarei de ser".Pinto da Costa, durante a cerimónia da recepção de um prémio na Galiza.
PS: Rui rio ganhou essa eleiçoes á camara do Porto...

Tuesday, December 12, 2006

FC Porto pode descer de divisão


O FC Porto arrisca descer à Liga de Honra caso seja condenado em tribunal por prática de corrupção da equipa de arbitragem.

Segundo noticiou ontem o jornal ‘Expresso’, Ana Cláudia Nogueira, juíza de instrução do processo ‘Apito Dourado’, escreveu em despacho que pessoas próximas de Pinto da Costa (Reinaldo Teles e o empresário António Araújo) pagaram favores sexuais ao árbitro Jacinto Paixão e aos assistentes José Chilrito e Manuel Quadrado para beneficiarem o FC Porto no jogo com o Estrela da Amadora, relativo à 19.ª jornada da época passada. Os ‘dragões’ lideravam já a classificação com 11 pontos de avanço quando receberam o Estrela, a 24 de Janeiro de 2004, tendo vencido por 2-0, com dois golos irregulares, uma vez que os seus autores estavam em posição de fora-de-jogo. As conclusões da juíza baseiam-se em escutas telefónicas de conversas entre Pinto da Costa e o empresário António Araújo, bem como em depoimentos dos elementos envolvidos.O regulamento Disciplinar da Liga é claro e em casos como este a pena é a descida de divisão. No artigo 51.º, relativo a corrupção da equipa de arbitragem, pode ler-se que o clube infractor é punido com “baixa de divisão” e “multa de 50000 a 200000 euros”. Ou seja, caso o FC Porto seja de facto condenado por corrupção aconteceria o impensável e o actual campeão nacional e europeu teria de disputar a Liga de Honra.No entanto, existe o risco de que, mesmo havendo uma condenação em tribunal pela prática de corrupção, esta não tenha consequências a nível desportivo. Esta é pelo menos a tese defendida por José Manuel Meirim, especialista em Direito Desportivo. Para este jurista, o facto de a Comissão Disciplinar (CD) da Liga não ter ainda instaurado qualquer inquérito aos agentes envolvidos no ‘Apito Dourado’ pode levar a que os eventuais ilícitos cometidos já tenham prescrito quando for conhecida a sentença.“Esperava-se que já tivesse havido abertura de processos disciplinares por parte da Liga e da FPF para indagar da existencia de ilícitos, mas nao houve e corre-se o risco de, no final do processo criminal e tendo em conta a demora da Justiça, a infracção disciplinar se encontrar prescrita”, afirma Meirim.De acordo com o n.º 2 do artigo 16.º do Regulamento Disciplinar da Liga, nas infracções disciplinares muito graves há “um prazo de prescrição de cinco anos sobre a data em que a falta tenha sido cometida”. Por outro lado, o n.º 6 do art.º 6.º diz que a CD só é obrigada a “instaurar procedimento disciplinar” caso haja uma “decisão judicial condenatória transitada em julgado pela pratica de infracção que revista também natureza disciplinar”. Ou seja, só depois de a sentença ser definitiva e sem direito a recurso (no limite, estamos a falar de uma sentença do Supremo) a CD é obrigada a abrir processo. E nessa altura poderá ser tarde e os crimes terem prescrito, até porque se prevê uma longa batalha jurídica. Já fonte próxima da CD da Liga garantiu ao CM que nesta fase não é possível instaurar inquérito disciplinar. “Qualquer procedimento disciplinar seria prematuro e não teria fundamento legal porque a prova assenta em escutas cujo teor a CD desconhece”, defende a nossa fonte.Refira-se contudo que o número 5 do artigo 6.º do regulamento permite que a CD instaure processo disciplinar mesmo que haja “aplicação de penas criminais ou sanções administrativas”. DESPACHO DA JU]IZA TRAMA PINTO DA COSTAO despacho que a juíza do ‘Apito Dourado’, Ana Cláudia Nogueira, deu após os interrogatórios ao árbitro Jacinto Paixão e respectivos auxiliares, ao qual o ‘Expresso’ teve acesso, diz que Pinto da Costa é pessoalmente responsável por ofertas a àrbitros, incluindo prostitutas. Segundo o semanário, Jacinto Paixão confessou que foi ‘presenteado’ com serviços de prostituição após o FC Porto-E. Amadora (2-0), do ano passado. Contratadas pelo empresário António Araújo, também ele arguido, as prostitutas terão sido apresentadas aos árbitros, no dia do jogo, após um jantar pago pelo dirigente portista Reinaldo Teles. Em tribunal, os árbitros negaram saber que as prostitutas – receberam 150 euros cada – tenham sido pagas por pessoas ligadas ao FC Porto, mas a juíza parece não ter tido dúvidas em considerar Pinto da Costa o responsável. "PODERES PÚBLICOS NÃO SE METEM COM O FUTEBOL"José Manuel Meirim, especialista em Direito Desportivo, critica posição da Liga.Correio da Manhã – Defende que a Comissão Disciplinar da Liga abra processos aos arguidos do ‘Apito Dourado?João Manuel Meirim – Sim. Este caso tem duas vertentes, uma ao nível do direito penal e outra ao nível disciplinar, no âmbito da Liga. A primeira está a evoluir, mas a segunda não. Esperava-se que houvesse abertura de processos disciplinares.– Porquê?– Porque se corre o risco de no final do processo criminal a infracção disciplinar se encontrar prescrita, sendo que o prazo é de cinco anos. O Regulamento Disciplinar da Liga só obriga a instaurar inquérito quando houver sentença transitada em julgado, sem hipótese de recurso, mas tendo em conta a demora da Justiça poderá ser tarde.– Defende uma intervenção do Estado?– Sim. A Liga tem um poder disciplinar qualificado pela lei como de natureza pública e, portanto, o Governo, nomeadamente o responsável pelo Desporto, já devia ter perguntado à Liga por que motivo não o exerce. Abrir o processo já contaria para efeitos de prescrição e se não o fizerem estão a violar o estatuto de utilidade pública desportiva. – Na sua opinião, por que motivo o Estado não age?– Há uma omissão dos poderes públicos para não se meter os com poderes do futebol. REGULAMENTO DISCIPLINAR DA LIGA PORTUGUESA DE FUTEBOL PROFISSIONALArtigo 6.º(Autonomia do regime disciplinar desportivo)2. As pessoas singulares serão punidas pelas faltas cometidas durante o tempo em que desempenhem as respectivas funções ou exerçam os respectivos cargos, ainda que as deixem de desempenhar ou passem a exercer outros.4. A Comissão Disciplinar, oficiosamente ou a instâncias de qualquer interessado, deverá comunicar ao Ministério Público e demais entidades competentes as infracções que possam revestir natureza criminal ou contra-ordenacional, sem prejuízo da tramitação do processo disciplinar desportivo que, por esse facto, não deverá ser suspenso.5. A aplicação de penas criminais ou sanções administrativas não constitui impedimento, atento o seu distinto fundamento, à investigação e punição das infracções disciplinares de natureza desportiva.6. O conhecimento pela LFPF de decisão judicial condenatória, transitada em julgado, pela prática de infracção que revista também natureza disciplinar, obriga à instauração de procedimento disciplinar, excepto se o mesmo já estiver prescrito.Artigo 16.º(Prescrição do procedimento disciplinar)1. O direito de exigir responsabilidade disciplinar prescreve ao fim de três anos, um ano ou um mês, consoante as faltas sejam, respectivamente, muito graves, graves ou leves, sobre a data em que a falta tenha sido cometida, salvo o disposto nos números seguintes.2. Se o facto qualificado de infracção disciplinar for também considerado infracção penal, o prazo de prescrição será de cinco anos.3. A prescrição interromper-se-á no momento em que é instaurado o procedimento disciplinar, voltando a correr o prazo se aquele permanecer parado mais de dois meses, por causa não imputável ao arguido.4. O prazo da prescrição começa a contar-se desde o dia em que o facto ocorreu.5. Trinta dias após a realização de um jogo, considera-se o seu resultado tacitamente homologado, pelo que, quer os protestos sobre qualificação de jogadores quer as denúncias de infracções disciplinares admitidos e feitos depois daquele prazo não terão quaisquer consequências relativamente a esse jogo e na tabela classificativa, ficando os infractores unicamente sujeitos às penas disciplinares previstas e aplicáveis para os ilícitos que vierem a ser provados.Artigo 51.º(Corrupção da equipa de arbitragem)1. O Clube que, através da oferta de presentes, empréstimos, promessas de recompensa ou de, em geral, qualquer outra vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer elemento da equipa de arbitragem ou terceiros, directa ou indirectamente, solicitar e obtiver, daqueles agentes uma actuação parcial por forma a que o jogo decorra em condições anormais ou com consequências no seu resultado ou que seja falseado o boletim do encontro, será punido com as seguintes penas:a) Baixa de divisão;b) Multa de 50.000 euros (cinquenta mil euros) a 200.000 euros (duzentos mil euros)Artigo 151º – A(Corrupção da equipa de arbitragem)Os árbitros e árbitros assistentes que solicitem ou aceitem, para si ou para terceiros, directa ou indirectamente, quaisquer presentes, empréstimos, vantagens ou, em geral, quaisquer ofertas susceptíveis, pela natureza ou valor, de pôr em causa a credibilidade das funções que exercem são punidos com a pena de suspensão de dois a dez anos.

Relativo à inquirição de Pinto da Costa,

aqui pode ler todas as acusações feitas pelo Ministério Público ao presidente do FC Porto, e cuja defesa o Sportugal apresenta no artigo principal.I. Superliga 2003/2004Jogo Nacional-Benfica (22.02.04)Árbitro – Augusto Duarte (AD)Dia 17.02.04, 19:29 – Rui Alves, presidente do Nacional telefona a António Araújo (AA)18.02.04, 18:39 – AA contacta Augusto Duarte (AD)18.02.04, 18:02 – AA liga a Rui Alves, presidente do Nacional19.02.04, 12:55 – AA liga a Luís Gonçalves (ligado à SAD)20:00 – AA encontra-se com Augusto Duarte no café “Ferreirinha”Há ainda registo de mais contactos entre AA e Augusto Duarte, Augusto Duarte com Fernando Gomes, e AA com Fernando GomesJogo Beira-Mar-FC Porto (18.04.04)Árbitro – Augusto Duarte 16.04.04, 10:56 – AA contacta várias vezes ADAA combina com Pinto da Costa (PC) encontro com AD à noiteAA e AD encontram-se na igreja das Antas. Depois reúnem-se com PC, o encontro demora cerca de uma hora e meia.18.02.04, 23:51 – depois do jogo PC liga a Pinto de Sousa, que estava com AD, e comenta que o árbitro não tinha beneficiado muito o FC Porto.II. Taça de Portugal, época 2002/2003Final da Taça26.05.03, 14:47 – PC conversa com Pinto de Sousa e sugere vários nomes de árbitros para a Final. Isidoro Rodrigues, António Costa e Pedro Henriques. “Qualquer um destes três à sua escolha”, afirma.3.06.04, 19:52 – PC telefona a Pinto de Sousa e acrescenta o nome de Bruno Paixão1.07.04 - Pinto de Sousa telefona a João Rodrigues, e diz que consegue que Pedro Henriques fique em 3.º. Os dois primeiros árbitros não estavam no país, o que seria uma justificação plausível para a nomeação de Pedro Henriques.Pinto de Sousa explica a António Garrido que Pedro Henriques passou de 4.º para 3.º lugar, devido a “factores de correcção”. No mesmo dia (16:23) PC telefona a Pinto de Sousa.Jogo FC Porto-Maia (17.12.03)Árbitro – Nuno AlmeidaResultado: FCP 3-0O presidente da Comissão de Arbitragem escolheu o árbitro depois de consultar PC que lhe disse “bom árbitro”. PC também escolheu um dos assistentes, Paulo Januário, e disse: “está bem, ajuda”.III. Supertaça – Época 2002/2003Final da Supertaça entre Leiria e FCP (12.08.03). Resultado: FCP 1-030.07.03 – PC indicou a Pinto de Sousa o árbitro Pedro Proença. Pinto de Sousa aceitou a “sugestão”.IV. Caso “Deco” - Boavista-FC Porto24.10.03, 14:24 – Valentim Loureiro (VL) telefona a PC por causa de Deco ter atirado uma bota ao árbitro, disposto a intervir para minorar a penalização29.10.03 - Pinto de Sousa fala com Paulo Paraty e convence o árbitro a evitar a expressão “agressão” e a utilizar “comportamento incorrecto”.19:19 – Pinto de Sousa liga a PC e diz o que falou com o árbitro, e diz para Deco ou Reinaldo Teles pedirem desculpa ao árbitro.30.10.03, 14:16 – VL telefona ao Dr. E. Medeiros (da LPFP) para saber quem era o juiz do Caso Deco e pergunta se é “um gajo acessível ou se é uma merda”.14:44 – VL fala com o magistrado14:46 – VL liga ao filho João Loureiro22:50 – VL liga ao Dr. E. Medeiros “no sentido de serem feitos todos os esforços para Deco ser suspenso antes do jogo com o Boavista”Isso não aconteceu e Deco só foi suspenso a 22.11.0329.10.03, 20:56 – VL telefona a pessoa identificada para que a RTP só passe as primeiras imagens (relativas ao chão, sendo que as segundas se referiam ao árbitro): “Ouça lá, se não houver branqueamento da situação (...) aquilo no mínimo são 3 meses, pá, no mínimo, que é a negra a 50%, pá”. Caso disciplinar de Pinto da Costa - Caso ManicheDr. Lourenço Pinto liga a PC e convence-o a falar com VL sobre a queixa do Benfica, em Outubro de 2003.5.01.04 – PC e VL almoçam juntos14:36 – VL liga ao juiz desembargador e este confirma que o processo seria arquivado e que PC já sabia, de antemão, que seria esse o despacho.15:10 – VL liga à esposa e refere que almoçou com PC e que este lhe ofereceu um relógio de ouro do Centenário do FC Porto.Caso do processo disciplinar a José Mourinho/ jogo Sporting-FC PortoO roupeiro do Sporting leva 2 camisolas de Rui Jorge (n.º 23) para trocar com Jorge Costa e Deco, que foram devolvidas, e uma delas vinha rasgada, tendo-lhe sido explicado: “o mister mandou dizer que a tinha rasgado e ainda para dizer ao Rui Jorge que queria que ele morresse em campo”.Adelino Caldeira, jurista do FCP, toma conhecimento do delegado da Liga ao jogo (Paulino de Carvalho, de Braga), e informa PC. Há contactos com o delegado da Liga. PC reúne com VL, Adriano Caldeira e juiz desembargador Gomes da Silva.Pelo exposto resultam fortes indícios da prática de:- 3 crimes de Corrupção Desportiva Activa (relativo aos jogos FCP-Estrela Amadora, Nacional-Benfica, Beira-Mar-FCP)- 1 Crime de Falsificação de Documento Agravado sob a forma de cumplicidade (relativo a manobras de classificação do árbitro que apitou a final da Supertaça entre FCP e U. Leiria)- 3 Crimes de Tráfico de Influência Activa (relativo aos casos Deco, processo disciplinar de PC e caso José Mourinho)Resultam indícios, mas não fortes, da prática de:- 1 Crime de Corrupção Desportiva Activa (relativo ao jogo FCP-Nacional)- 3 Crimes de Abuso de Poder sob Forma de Instigação (relativo aos jogos FCP-Maia, Sp. Braga-FCP e FCP-U. Leiria)PMN2006-12-12 02:23 O interrogatóriode Pinto da Costa O líder portista confessou à juíza que o seu rendimento mensal era de 400 euros, revelou que não queria Maniche no FC Porto, elegeu António Araújo como o empresário português melhor colocado no Brasil e ainda disse que acreditava mais em Fernando Santos do que em José Mourinho

Saturday, December 9, 2006



Apito Dourado: Juízes espiados por detectives privadosOs magistrados do processo «Apito Dourado» foram submetidos durante meses em 2004 e 2005, à vigilância de detectives privados, visando a sua vida privada e familiar, incluindo a orientação sexual, informa hoje o Correio da Manhã.
Ao que o jornal apurou, Carlos Teixeira, procurador titular do «Apito Dourado», foi o mais visado, chegando a ser perseguido durante a noite à saída do Tribunal de Gondomar.
As vigilâncias, refere o CM, incluíram dirigentes e inspectores da PJ, além de funcionários judiciais, para tentar condicionar e obstruir a acção dos profissionais da Justiça.

Friday, December 8, 2006

Falaste demais, a Mafia limpou-te o sebo...

Apito Dourado: PS de Gondomar estranha substituição de juízaSocialistas dizem que "há claros indícios de que alguém quer matar o processo"O presidente do PS de Gondomar, Ricardo Bexiga, disse hoje estranhar a substituição da juíza do caso "Apito Dourado", afirmando que Paulo Abreu Costa, o juiz que vai substituir Ana Cláudia Nogueira no processo, no âmbito do movimento anual dos juízes, é filho do assessor de Valentim Loureiro para a área jurídica na autarquia local e irmão do fiscal municipal de obras na mesma Câmara.Numa conferência de imprensa convocada para debater as incidências do processo na gestão autárquica de Gondomar, Ricardo Bexiga sublinhou que à transferência dos dois principais investigadores do caso para Cabo Verde e França se soma agora a substituição da juíza responsável pelo inquérito, Ana Cláudia Nogueira."O juiz que vai substituir Ana Cláudia Nogueira [no âmbito do movimento anual dos juízes] é Paulo Abreu Costa, filho de João Araújo Costa, assessor para a área jurídica de Valentim Loureiro na Câmara de Gondomar, e irmão de Nélson Costa, fiscal municipal de obras na mesma autarquia", adiantou Ricardo Bexiga.O líder do PS de Gondomar acrescentou que Paulo Abreu Costa é "um juiz muito jovem que estava colocado no Tribunal de Menores de Braga e que tinha indicado o Tribunal de Gondomar em 61º lugar na sua lista de preferências em caso de transferência"."Há claros indícios de que alguém quer matar o processo, com movimentações que põem em causa a independência da justiça", disse Ricardo Bexiga."Esta situação põe em causa a independência da magistratura", afirmou Ricardo Bexiga, acrescentando que compete agora ao Conselho Superior da Magistratura "explicar as razões deste movimento".Ricardo Bexiga considerou também "lamentável" que Valentim Loureiro insista em permanecer à frente da Câmara Municipal de Gondomar nas actuais condições.Valentim Loureiro é suspeito, no âmbito do processo "Apito Dourado", de 18 alegados crimes de corrupção activa, quatro de tráfico de influência e um crime de corrupção passiva.No âmbito do mesmo processo, que envolve um total de 16 pessoas em alegados crimes ao nível do futebol, encontra-se preso preventivamente, desde há dois meses, o vice-presidente da autarquia e presidente do Gondomar Sport Clube, José Luís Oliveira, enquanto um outro vereador se encontra sob medidas de coacção e impedido de contactar o presidente.O PS de Gondomar reiterou a sua posição de que Valentim Loureiro "deveria pôr os interesses dos gondomarenses à frente dos seus e suspender o seu mandato até ao cabal esclarecimento de toda a situação".Ricardo Bexiga considerou ainda que a autarquia se encontra paralisada na sequência do processo "Apito Dourado", com apenas três vereadores a gerir todos os pelouros da Câmara.



Pinto da Costa acusado de mandar agredir Ricardo BexigaCAROLINA SALGADO DECLAROU À TSF

Carolina Salgado, antiga companheira do presidente do FC Porto, acusa Pinto da Costa de ter mandado dar uma sova em Ricardo Bexiga, vereador da Câmara Municipal de Gondomar, que, alegadamente, foi quem deu origem ao caso "Apito Dourado". Em declarações à TSF, Carolina Salgado afirmou que Pinto da Costa lhe pediu "para falar com as pessoas" e que foi "o veículo de transmissão", tendo pago cerca de 10.000 euros pelo serviço, avançou hoje o jornal 24 Horas, recorrendo a excertos da biografia da antiga companheira do líder dos dragões. Segundo o jornal diário, as agressões a Ricardo Bexiga aconteceram a 25 de Janeiro de 2005, um dia depois Carolina Salgado deslocou-se ao escritório de Lourenço Pinto, outro dos implicados no "Apito Dourado", tendo ficado chocada quando percebeu que o objectivo não era uma simples coça. "Fiquei chocada. Quando lá cheguei o doutor Lourenço Pinto disse: 'parabéns minha querida, mas ele ficou a falar'. O objectivo era muito mais do que isso", referiu Carolina Salgado, que assumiu que não se sente tranquila por ter estado envolvida neste caso e se mostrou preparada para assumir as consequências dos seus actos. A estação de rádio entrou ainda em contacto com Ricardo Bexiga, que afirmou que estas revelações vão ser entregues ao Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto e que mais importante do que saber quem foram os mandantes das agressões. O vereador do Partido Socialista revelou ainda que há neste caso componentes políticas e desportivas que é preciso conhecer, sendo que já são do conhecimento do Ministério Público.

'Árbitros iam lá a casa'




Ex-Mulher de Pinto da costa abre o livro:

Uma dança ao som de Brand New Days, de Sting, celebrou o princípio da relação entre Jorge Nuno Pinto da Costa e Carolina Salgado, que esta quinta-feira lançou um livro que não deve estar muito tempo nos escaparates. "Eu, Carolina" é um livro de 162 páginas que compromete Jorge Nuno Pinto da Costa em muitas situações, nomeadamente no que diz respeito ao processo Apito Dourado. No início do livro, Carolina revela que conheceu o presidente do FC Porto, com a mediação de Reinaldo Teles, um dos homens da SAD portista que frequentavam o Calor da Noite, bar de alterne, onde trabalhava madrugada dentro.Joaquim Oliveira, empresário dos media, também frequentava o local assiduamente, e quando surgia era “sinónimo de festa de arromba”. “As minhas pernas começaram a tremer, senti um frio no estômago e tive que sair da pista de dança”, lembra quando viu Pinto da Costa pela primeira vez. “Previ que estava a nascer um grande amor e não me enganei. Dançámos três músicas seguidas e a sensação que tinha era que apenas existíamos nós, não havia ninguém em volta. Fez-me sentir uma verdadeira princesa”, confessa. Estávamos no Outono de 2000.Depois, o início das revelações que comprometem Pinto da Costa: “Sempre que, durante um jogo, o Jorge Nuno achava que o árbitro tinha prejudicado o FC Porto ligava ao senhor José António Pinto de Sousa, presidente do Conselho de Arbitragem, que lhe atendia o telefone, começando por manifestar a sua indignação perante a incompetência do árbitro, mas acabando sempre por marcar um jantar para fazer as pazes.” Pinto da Costa festejou vitória da GréciaUma das confissões mais relevantes da ex-mulher de Pinto da Costa reside no facto de o presidente do FC Porto ter festejado o triunfo da Grécia no Euro 2004. “O Jorge Nuno alterou-se com o senhor Scolari quando percebeu que este não cederia às suas vontades. O que incomodava Jorge Nuno era o facto de toda a gente ter percebido que o presidente do FC Porto perdera o poder que gostava de ostentar sobre todos os aspectos do futebol português, incluindo a equipa de todos nós. Conheço casas onde o desaire [refere-se à derrota de Portugal na final do Euro 2004 com a Grécia] foi festejado com a abertura de uma garrafa de champanhe. A minha, por exemplo. E assumo o risco da impopularidade que uma revelação destas pode causar. Politicamente falando era intolerável para o Jorge Nuno ter de suportar a vitória portuguesa no Euro 2004, que, para ele, não seria mais do que o sucesso de Scolari contra a sua pessoa“, revela.Apito de alerta do amigo Lourenço Pinto...Como dissemos acima, Carolina Salgado confessa ao pormenor como Pinto da Costa geriu a sua vida quando o processo Apito Dourado rebentou. “Foi o doutor Lourenço Pinto quem, às sete da manhã, nos telefonou para casa avisando que o major, o doutor Pinto de Sousa e alguns funcionários da Câmara de Gondomar tinham recebido a visita da PJ. O Jorge Nuno ficou deveras perturbado com o que estava a acontecer ao major. Receava que o major ou Pinto de Sousa falassem de mais. Esta era a sua preocupação”, relata. Na véspera da sua detenção, que nunca chegou a acontecer, Pinto da Costa contou com uma preciosa ajuda, nada mais nada menos que Lourenço Pinto, advogado do major Valentim Loureiro.Tendo em conta o acontecimento, o conhecido advogado, segundo Carolina Salgado, marcou um almoço no restaurante Boucinha, em Vila Nova de Gaia. “À mesa fomos informados com pormenor da situação. Na manhã do dia seguinte, uma brigada da PJ iria entrar na nossa casa e na casa de Reinaldo Teles com mandados de busca e de detenção (…) Foi muito acentuado que os agentes eram de Lisboa, como se por isso o perigo triplicasse, o que não me pareceu uma análise correcta. (…) Quer o Jorge Nuno, quer o Reinaldo Teles ficaram petrificados com as informações. O Reinaldo ficou branco, quanto ao Jorge Nuno, o que ouviu da boca do dr. Lourenço Pinto deu-lhe positivamente a volta à barriga. Não havia tempo a perder. O Jorge Nuno tinha de sair do país”, diz. António Araújo não foi avisado, segundo Carolina Salgado, por ser “o elo mais fraco” e para que a estratégia montada “funcionasse na perfeição”. A mãe de Carolina estava incumbida de atender os agentes da PJ, tendo de dizer a frase previamente combinada: “O senhor Jorge Nuno e a esposa tinham aproveitado o feriado para dar um passeio.” Isto numa altura em que o casal se encontrava na Galiza. Como curiosidade, a mulher de Reinaldo Teles recebeu os agentes da PJ com uma frase elucidativa da sua seriedade: “Não dormiu cá. De certeza que passou a noite com alguma amante!”Reinaldo Teles pernoitou num hotel do Porto. Carolina Salgado lembra que ela e Pinto da Costa resolveram deixar o cofre da casa aberto, “numa atitude de descaramento e provocação”. Já em Espanha, “Jorge Nuno acusava o Major de ter falado de mais e não ter cuidado”. Confraternização com árbitrosPara sustentar a sua tese, Carolina faz uma confissão bastante perniciosa para o líder portista: “Os árbitros Martins dos Santos e Augusto Duarte eram visitas de nossa casa, sempre trazidos pelo António Araújo. Por ser muito cuidadoso, Jorge Nuno nunca falou com um árbitro ao telefone, nem precisava de o fazer, visto que eles iam lá a casa para confraternizar.” No dia do encontro, em casa, com o Beira-Mar, a contar para a Liga, Pinto da Costa combinou ir depor. Mas se ficasse detido havia uma estratégia bem montada: “Se, por acaso, Jorge Nuno ficasse detido por ordem da juíza-tal, como aconteceu com o major, os Super Dragões invadiriam o Tribunal, destruindo tudo à sua passagem, e libertariam o presidente. Cá fora, eu estaria à sua espera num local previamente combinado e fugiríamos para Espanha, de onde só regressaríamos sabe-se lá quando.” Entretanto, Carolina recorda que teve o “desprazer de ouvir Joaquim Pinheiro [irmão de Reinaldo Teles] dizer em voz bem alta que se não fosse ele o presidente estava engavetado, devido a uma informação de um amigo seu da PJ do Porto”. Redacção Sportugal

Thursday, December 7, 2006

Ecos do apito dourado no mundo



Apito Dourado: o que diz a imprensa estrangeira
A notícia da detenção de Valentim Loureiro despertou a curiosidade dos media estrangeiros.
"Os patrões do futebol português foram presos". É desta forma bem pragmática que a página de Internet da britânica BBC entitula a notícia da detenção do presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. A cadeia britânica recorda o caso dos contratos paralelos no Benfica e refere que este último acontecimento gerou uma onda de preocupação em Portugal, acerca dos efeitos que a «Operação Apito Dourado» poderá ter sob o Euro 2004.
Por seu lado, a agência noticiosa Reuters dá conta de mais "um rude golpe numa liga portuguesa mediana" e assolada pela crise económica dos seus clubes.
O jornal francês L'Équipe dá ênfase à acção da Polícia Judiciária e refere os nomes de Valentim Loureiro Pinto da Costa e Pinto de Sousa em principal destaque. As declarações de Gilberto Madaíl, prestadas esta terça-feira há hora de almoço, também tiveram nota de destaque.
"Operation Golden Whistle"
O sítio da CNN também fala do caso que abalou o futebol em Portugal. Citando a agência Associated Press, recorda palavras do presidente do Sporting, Dias da Cunha, acerca de "dinheiros sujos" nos futebol luso. A CNN destaca a investida realizada pela Polícia Judiciária, a operação "Golden Whistle" que acabou por resultar na detenção de Valentim Loureiro.
Já os italianos da "La Gazzetta dello Sport" aproveitaram a «Operação Apito Dourado» para relacionar esta notícia com o anúncio do presidente do Perugia, que dias antes, ameaçou retirar o seu clube da Série A em consequência das más arbitragens que estão a prejudicar a sua equipa. O título desta peça não deixa de ser sugestivo: "Futebol moderno ou caos total?"
O jornal Marca, diário desportivo espanhol de maior tiragem, colocou o caso que abalou o futebol nacional na sua secção de "internacional". A lista dos detidos e as declarações de Maria José Morgado sobre a corrupção no futebol português são alguns dos temas abordados.

«Pinto da Costa recebia árbitros em casa»DINHEIRO E MENINAS ERAM A RECOMPENSA



Carolina Salgado afirmou hoje na TVI que Pinto da Costa recebia em casa, entre outros, os árbitros Martins dos Santos e Augusto Duarte para "preparar os jogos", e que se estes "se portassem bem", recebiam dinheiro e favores de "meninas" como recompensa.A mulher que viveu com o líder portista durante 6 anos lançou hoje um livro autobiográfico em que trata a relação terminada com um dos homens mais influentes do futebol português, e fez afirmações graves às câmaras da privada."Eram reuniões normais para preparar os jogos, como toda a gente sabe, incluindo os portistas: eles que me perdoem, mas enquanto clube continuar a ganhar... Os árbitros eram pagos para isso; se se portassem bem, depois ainda tinham umas meninas para os acompanhar, beber uns copos... Era a recompensa", avançou, sobre as afirmações contidas no livro a antiga companheira de Pinto da Costa. No seu livro, Carolina Salgado esclarece que o presidente do FC Porto, "por ser muito cuidadoso, nunca falou com um árbitro ao telefone, nem precisava de o fazer, visto que eles iam lá a casa confraternizar.
"Data: Quinta-feira, 7 Dezembro de 2006 - 21:11

Monday, December 4, 2006

FC Porto ofereceu prostitutas como contrapartidas aos arbitros






O árbitro Jacinto Paixão, arguido no caso de corrupção no futebol «Apito Dourado», confirmou hoje a presença de prostitutas no seu hotel, após arbitrar o jogo FC Porto-Estrela Amadora e apontou o dedo a dirigentes dos «dragões». «Quando chegámos ao hotel, estavam lá as senhoras. Três meninas que eu não sei quem lá as meteu. Corri com elas e, a partir daí, não sei o que se passou. Mas não tive relações sexuais», disse em entrevista à TVI. «Pensava que tinha sido uma brincadeira entre amigos (durante a viagem, com os dois assistentes e outros dois indivíduos de Évora)», recordou o árbitro que durante o percurso para a cidade do Porto ele e os seus companheiros falaram sobre o recurso ao serviço de prostitutas, tendo alguém avançado com o nome do empresário António Araújo, ligado a negócios de jogadores com o F.C. Porto e igualmente arguido neste processo. Na partida em causa, disputada a 24 de Janeiro de 2004, o FC Porto recebeu e bateu o «lanterna vermelha» Estrela Amadora, por 2-0, com dois golos do sul-africano Benni McCarthy, aos 30 e 49 minutos, embora o segundo tento tivesse sido obtido em posição irregular, no quarto minuto de compensação da primeira parte. «Reinaldo Teles estava no restaurante. Foi ele que nos levou», conta Jacinto Paixão. «Quando acabou o jogo, disse para nós o acompanharmos e, depois do jantar, levou-nos ao hotel. Caí numa cilada, sem saber de nada», disse, referindo-se ao responsável portista pelo departamento de futebol do clube azul e branco. «Não tenho razões para me arrepender» «Se eles (Pinto da Costa e António Araújo) combinaram alguma coisa, então que sejam punidos», disse ainda Jacinto Paixão. «Não tenho razões para me arrepender. Foi um jogo igual aos outros. Depois, na cassete, vi alguns erros que podiam ter sido colmatados, como o golo, em que havia fora-de-jogo, mas, lá dentro, não se pode ver tudo», acrescentou, sobre o FC Porto-Estrela Amadora. Jacinto Paixão argumentou depois que não faria sentido beneficiar os dragões, uma vez que, com José Mourinho como treinador, os azuis e brancos já dispunham de «onze ou nove pontos de avanço sobre o segundo e o terceiro classificados», mas a equipa orientada pelo actual técnico dos ingleses do Chelsea só tinha cinco pontos a mais do que o seu perseguidor, Sporting.

Sunday, December 3, 2006

SEM DUVIDAS!!!!




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Oscar - O filme do Ano

JUSTIÇA CEGA


Click no link para ver o video:


O livro - GOLPE DE ESTADIO



É facil perceber como o Clube do Porto cresceu muito nos ultimos anos, assim como é facil perceber que apitos dourados não são de agora mas sim de ha muitos anos. Desde que pinto da costa chegou ao poder (e já sao mais de 20 anos) não tem olhado a meios para atingir fins

Segue aqui o link de um livro publicado em 1994 onde são revelados os podres do futebol portugues, onde é facil comparar com o que a investigação apito dourado tem revelado.

Ora são muitos os anos que o futebol clube do porto tem vindo a beneficiar com este sistema e como tem construido a sua historia de "20 anos".

Estranha-se apenas o porque de nao ter sido investigado logo na altura face ao conteudo forte e ao facto de apontar os nomes dos responsaveis do pessimo estado do futebol portugues.




Pinto Careca


O dragao ataca


Porque será?


FC PORTO BENEFICIADO

Fonte: SIC on-line "Autarquia pode ter sido prejudicada em três milhões de euros A Câmara Municipal do Porto pode ter sido prejudicada em cerca de três milhões de euros, na sequência de um contrato que celebrou com o Futebol Clube do Porto nos anos de 1999 e 2000. Nuno Cardoso, o presidente da autarquia na altura, diz que não gostou de ficar a saber do relatório pelos jornalistas, mas garante que tudo não passa de um equívoco.2004-04-29 20:19Um relatório da Inspecção Geral de Finanças (IGF) de 2003, a que a SIC teve acesso, considera que a gestão do socialista Nuno Cardoso beneficiou o FC Porto, cedendo ao clube direitos de construção em quatro lotes no parque da cidade através de um contrato de permuta que levanta sérias dúvidas aos inspectores das finanças. O relatório da IGF já está a ser investigado pelo Ministério Público, através da Direcção de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira de Lisboa. O negócio tinha sido aliás denunciado por Rui Rio, no momento em que ! o social-democrata tomou posse como presidente da Câmara do Porto. Os inspectores das finanças concluem que, neste negócio, a motivação do anterior presidente só pode ter sido o favorecimento do FC Porto. A Câmara terá adquirido duas parcelas de terrenos do FC Porto e em troca cedeu ao clube os tais quatro lotes de terreno no parque da cidade com autorização para construção. "Buraco" detectado No meio de toda esta história há, contudo, um buraco detectado pelos inspectores. Os terrenos que de acordo com o contrato de permuta deveriam ter passado para a propriedade da Câmara continuaram a ser usados pelo FC Porto, tendo inclusive sido hipotecados pelo clube em 2003. A situação foi resolvida ainda nesse ano relativamente a um dos dois terrenos, mas o outro foi integrado por lapso da autarquia no património do clube. Os inspectores questionam claramente o negócio. Se o FC Porto iria ser beneficiado com um plano de pormenor para a zona das Antas que, inevitavelmente, iria incluir estes dois terrenos, porque razão a Câmara os aceita em tr!oca de quatro lotes com edificação garantida e a valerem muito mais do que a autarquia indicou que valiam. Afinal, a Câmara cedeu os quatro lotes partindo do princípio de que valeriam apenas quatro milhões de euros, ou seja, o mesmo do que as duas parcelas que o clube lhe tinha cedido. Contudo, o valor teria de ser necessariamente superior, uma vez que os cálculos da Câmara foram feitos com base nos preços de 1997. Mesmo assim, a Câmara aceitou em troca algo que nunca terá verdadeiramente usufruído. O verdadeiro proprietário A dar mais força à tese deste mau negócio surge um dado que carece de explicação detalhada: à data da celebração deste acordo de permuta ratificado pela Assembleia Municipal, o verdadeiro proprietário dos terrenos não era o FC Porto, era um privado, a família Ramalho. Quando o negócio está praticamente rubricado, o clube adquire, então, os terrenos, mas a transferência para o novo dono, asseguram os inspectores, nunca teve honras de Assembleia Municipal. O relatório afirma ter sido a Câmara a envolver o clube neste negócio de forma a que este pudesse sair beneficiado. Os relatores concluem que a autarquia deveria ter sido apenas intermediária entre os primeiros proprietários dos dois terrenos e o clube. Afinal a família Ramalho queria vender e o clube queria comprar os referidos terrenos. A entrada da Câmara coloca em cena um terceiro elemento: os quatro lotes do parque da cidade que a autarquia acabou por ceder ao clube. Há aqui, para os inspectores, uma intenção clara de favorecer o FC Porto. Os inspectores consideram que o presidente Nuno Cardoso, pela urgência que emprestou a este processo, exerceu um desvio de poder. Em causa não estaria o interesse da autarquia, mas os interesses do clube. A explicação de Nuno Cardoso "O FC Porto comprou o terreno que sabia que a Câmara tinha interesse em permutar e sabia qual era o acordo, porque isso, de facto, era público. Já tinha decidido em Assembleia Municipal aquele acordo ser feito", ! disse à SIC o ex-presidente da autarquia da Invicta. "A Câmara! queria comprar o terreno e queria compra a quem o tinha. No momento era a família Ramalho, depois, no momento, da escritura já não era a família Ramalho era outra entidade", acrescentou. Nuno Cardoso minimiza o relatório. Considera que "seria muito grave se a Câmara quisesse comprar uma propriedade, não pelo valor intrínseco da propriedade, mas pelo proprietário e não foi isso que aconteceu". O socialistas explica ainda que "quem tem a responsabilidade de fazer a avaliação não é o presidente da Câmara, há serviços técnicos que fazem as avaliações. Foi feita a avaliação pelos serviços técnicos da Câmara, foi feito o acordo entre a família Ramalho e a Câmara do Porto, foram decididas em Assembleia Municipal essa transacção e a transacção fez-se". Pedro Coelho e Pedro Cruz / Jornalistas SIC"

O Projecto Roquete...





João Rocha: ANTIGO PRESIDENTE EM ENTREVISTA CONTROVERSA



RECORD – Um projecto que encheu de esperança todos os sportinguistas...

JOÃO ROCHA – O Projecto Roquette liquidou o Sporting. Ninguém soube o que era o projecto, porque ele não dizia. Sabia-se, apenas, que era uma dezena de sociedades, dirigentes e funcionários superiores a ganhar centenas de milhares de contos. O projecto foi reduzir os sócios de mais de 100 mil para pouco mais de 30 mil, foi acabar com as modalidades amadoras, foi vender património, foram dezenas e dezenas de milhões de contos de prejuízo que não aparecem nos resultados, porque parte deles foram executados pelo Sporting. No caso da SAD deram-se informações falsas aos associados e à própria CMVM para a entrada na bolsa.


RECORD – Comos se explica isso?


JOÃO ROCHA – O que lhe posso dizer é que era tudo tão bom que ele próprio, José Roquette, ia subscrever capital e a primeira coisa que fez quando saiu foi vender todas as acções da SAD que tinha comprado. Isto levou os sócios a perderem quase 14 milhões de contos só na subscrição e nos resultados negativos.


RECORD – Você assistiu a isso sem nenhum tipo de reacção?


JOÃO ROCHA – Antes pelo contrário. Numa assembleia da SAD e para defender os interesses do Sporting, lembrei que ao abrigo do Artº 35, a Sociedade tinha de acabar, mas havia uma possibilidade que era a reavaliação dos jogadores, repondo capital necessário na SAD para esta não ser extinta.


RECORD – Muito objectivamente, na sua opinião, José Roquette é o responsável pelo actual passivo do Sporting?


JOÃO ROCHA – O Projecto Roquette liquidou o Sporting. Disso já não restam dúvidas. Queria gerir o clube ditatorialmente e a primeira coisa que fez foi fechar as portas aos jornalistas nas assembleias gerais. No meu tempo, havia uma bancada só para os jornalistas. Não tínhamos receio de nada.


RECORD – Recordo-lhe que na altura da entrada de José Roquette foi dito por muitos elementos do universo leonino que o clube se encontrava em falência técnica. Lembra-se?


JOÃO ROCHA – Quando José Roquette entrou, o clube estava numa situação caótica, mas ele aceitou um passivo de 4 milhões de contos e, actualmente, ascende a 60 milhões de contos. É uma diferença enorme. Mas esse não é o grande problema. É preciso ter em conta os prejuízos, os quais foram colmatados com a venda de património e a reavaliação de todo o activo, incluindo jogadores. Esses prejuízos não foram contabilizados.


RECORD – Mas o clube também se valorizou patrimonialmente. Concorda?


JOÃO ROCHA – Fez-se a Academia e o estádio, mas nada disso é do Sporting. Mesmo que se venda aquilo que se está a propor vender, ainda vamos continuar a dever o estádio, que é fruto de compromissos com a banca e do contributo de alguns sócios que ajudaram em muitos milhares de contos, comprando lugares cativos.


RECORD – Um projecto totalmente falhado, no seu ponto de vista. Porquê?


JOÃO ROCHA – É muito simples. José Roquette julgava que o Sporting era uma operação tão fácil com a do Totta, em que ele, numa operação ilegal, ganhou 20 milhões de contos sem pagar um tostão de impostos e, ainda por cima, acabou por comprometer aquele que foi recentemente eleito Presidente da República, Cavaco Silva.


RECORD – Uma forte acusação. O que sabe desse processo?


JOÃO ROCHA – Não quero falar nisso neste momento, porque me interessa mais o Sporting.


RECORD – Lembro-me que durante o mandato de José Roquette,você se revoltou com acordos que nunca ficaram esclarecidos, nomeadamente entre o Sporting e o FC Porto. Quer revelar pormenores em relação a isso?


JOÃO ROCHA – Havia um projecto com o FC Porto que era muito prejudicial para o Sporting. Era mesmo inqualificável. Insurgi-me num Conselho Leonino e numa assembleia geral. Era um projecto gravíssimo que só podia sair da cabeça de um indivíduo sem responsabilidades. José Roquette dizia que era um projecto válido, porque era a única maneira de Sporting e FC Porto estarem sempre representados na Liga dos Campeões.


RECORD – Vai concretizar ou continuar a guardar trunfos?


JOÃO ROCHA – Não digo mais nada sobre isso. Foi falado no Conselho Leonino e eu disse ao líder da AG para mandar calar sobre essa informação, que foi longe demais. Disse-lhe ainda que o resumo do acordo com o FC Porto devia ser gravado de tão grave que era, porque talvez fosse necessário que essa gravação viesse a ser pública na defesa dos interesses do Sporting e dos seus sócios. Não vejo o desporto assim. [leia a entrevista completa na edição impressa de Record desta quarta-feira]




Sede do FC Porto alvo de buscas


A casa do líder portista e a Torre das Antas foram alvo de buscas por parte da PJ. Pinto da Costa esteve ontem em parte incerta, mas hoje tem um compromisso na SIC
BRUNO PIRES, MIGUEL ROMÃO E NUNO GUEDES Pinto da Costa é um dos nomes-chave numa investigação criminal liderada pela Polícia Judiciária do Porto que transcende eventuais crimes de corrupção no futebol, apurou A Capital. Os outros nomes são os de Valentim Loureiro e de um empresário da construção civil. O presidente do Futebol Clube do Porto, segundo fontes ligadas à investigação criminal, juntamente com Valentim Loureiro, o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, entretanto suspenso, e um empresário da construção civil do Porto, têm sido investigados relativamente a alegados crimes económicos de grande dimensão, nomeadamente relacionados com negócios imobiliários. Segundo as mesmas fontes, seria este o triângulo que era preciso desequilibrar para chegar a resultados na investigação. Ao mesmo tempo, foram também analisadas situações duvidosas, ligando os investigados à Câmara Municipal do Porto e ao Metro do Porto, locais onde já antes foram feitas buscas no decorrer da operação Apito Dourado. A alegada corrupção a árbitros de futebol era, inicialmente, considerada pelos investigadores como um dos aspectos menos importantes, do ponto de vista da relevância criminal dos factos em investigação, a quem interessava especialmente conseguir chegar à criminalidade económica a que estes nomes estariam associados. Note-se que o crime económico é até legalmente classificado como «criminalidade altamente complexa e organizada». Ontem de manhã, a Polícia Judiciária efectuou buscas na residência de Pinto da Costa e na Torre das Antas, edifício onde estão situados os escritórios da FC Porto, SAD.

Presidente do FC Porto paga 125 mil euros de caução para sair em liberdade



Pinto da Costa suspeito de praticar cinco crimes
Pinto da Costa entrou no processo ‘Apito Dourado’ a 2 de Dezembro de 2004, data em que a 2.ª fase desta operação deteve para interrogatório mais cinco arguidos: o empresário António Araújo, os árbitros Jacinto Paixão e Augusto Duarte e os árbitros assistentes José Chilrito e Manuel Quadrado. Por estar ausento do país, Pinto da Costa só se apresentou em tribunal no dia seguinte (surgiu acompanhado por elementos da claque Super Dragões) e ficou a saber que o interrogatória da juiza Ana Cláudia Nogueira no dia 9. Nessa data, que coincidiu com o FC Porto-Chelsea (2-1), Pinto da Costa ficou a saber que está indiciado de cinco crimes: dois de corrupção desportiva activa, dois de tráfico de influências e um de cumplicidade em falsificação de documentos. Para ficar em liberdade, Pinto da Costa teve de pagar uma caução de 125 mil euros.

Erros de Jacinto Paixão ajudam FC Porto a ganhar


Época 2003/2004: golos ilegais frente ao Est. da Amadora A juíza Ana Cláudia Nogueira terá considerado que Jacinto Paixão, na época passada, poderá ter ajudado o FC Porto a ganhar (2-0) o encontro que disputou, nas Antas, frente ao Estrela da Amadora, a contar para a 19.ª jornada da SuperLiga. Segundo apurou o CM, a magistrada do Tribunal de Gondomar defenderá que o árbitro Jacinto Paixão e os auxiliares José Chilrito e Manuel Quadrado, até ao segundo golo dos “dragões”, prejudicaram o Estrela com erros que interferiram no resultado. Já dos lances que beneficiaram os ‘tricolores’, como alguns foras-de-jogo mal assinalados, a opinião da juíza seria que não tiveram qualquer interferência no desfecho final.Dos oito erros mais evidentes, Ana Cláudia Nogueira terá destacado uma rasteira de Paulo Ferreira a Semedo (14 minutos), quando este se isolava em direcção à baliza de Vítor Baía. Jacinto Paixão nem falta assinalou. Confrontado com este lance, o árbitro terá referido que, no campo, não apreciou qualquer falta, mas que depois de ver na TV concluiu que, afinal, só não marcou falta por estar mal posicionado.No minuto 17, é assinalado um ‘off-side’ inexistente a um jogador dos ‘tricolores’. Doze minutos depois, o FC Porto inaugura o marcador, por McCarthy. O golo é alcançado na sequência de um pontapé de canto, que teve origem numa jogada onde Sérgio Conceição parece estar em fora-de-jogo. A dois minutos do intervalo não é sancionado um fora de jogo ao sul-africano e é assinalado uma falta idêntica, duvidosa, aos portistas. Já nos descontos da primeira parte, McCarthy volta a facturar, beneficiando de uma nítida posição de fora-de-jogo.Quanto ao segundo tempo, a juíza alegadamente sublinha dois foras-de-jogo assinalados aos ‘dragões’ que deixam muitas dúvidas. Além disso, Jacinto Paixão foi complacente com jogadas duras dos futebolistas de ambas as equipas.Deste rol de erros, nomeadamente os foras-de-jogo, o árbitro da Associação de Futebol de Évora terá lembrado que são lances da responsabilidade dos seus assistentes. Em relação aos golos do FC Porto, Paixão referiu, soube o CM, que estava longe do local das jogadas que deram origem aos mesmos.Do facto de ter sido complacente com alguma violência dos jogadores terá salientado ser uma situação normal, constituindo uma opção da arbitragem deixar decorrer o jogo.As explicações que Jacinto Paixão, José Chilrito e Manuel Quadrado não terão convencido a juíza sobre os erros que cometeram no FC Porto-Estrela da Amadora, pelo que foram todos indiciados de um crime de corrupção desportiva passiva, cuja moldura penal prevê pena de prisão até quatro anos.

«Ainda abres uma ourivesaria»



Valentim Loureiro, presidente da Câmara Municipal de Gondomar e da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, o antigo presidente do Gondomar Sport Clube (GSC), José Luís Oliveira, e o ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (CA), Pinto de Sousa, são os principais visados na acusação do processo «Apito Dourado».
De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário, as cerca de 400 páginas da acusação descrevem pormenorizadamente a estratégia alegadamente criminosa que estes três arguidos empreenderam no sentido de angariar árbitros amigos para os jogos em que o GSC interviesse.
O documento elenca os vários contactos telefónicos entre o antigo presidente do GSC e o ex-presidente do Conselho de Arbitragem, sempre com o conhecimento e algumas vezes mesmo com a intervenção de Valentim Loureiro. Igualmente descritas ao pormenor são as conversas telefónicas, os almoços e jantares com os árbitros, bem como as ofertas em ouro que, segundo as intercepções telefónicas descritas na acusação, chegavam, por vezes, a contemplar também as namoradas e mulheres dos árbitros.
No final de um jogo, em Janeiro de 2004, o arguido Pedro Sanhudo, árbitro da Associação de Futebol do Porto, conversava ao telefone com um colega a quem confidenciava, entre risos, ter recebido do GSC «umas correntes que aquela m.... pesa para aí dez quilos», ao que lhe respondia, no mesmo tom bem disposto, o colega: «daqui a pouco... ides abrir uma ourivesaria».
Todas as peças em ouro eram adquiridas pelo arguido José Luís Oliveira na ourivesaria do também arguido Neves Ribeiro para serem oferecidas a equipas de arbitragem. De cada vez eram adquiridos três fios com cruz ou três pulseiras no valor total não superior a 700 euros.
Numa das intercepções telefónicas mais embaraçosas para Valentim Loureiro, registada em Dezembro de 2003, o autarca de Gondomar liga ao assessor do Conselho de Arbitragem, António Garrido, observador no jogo SC Dragões Sandinenses/ Gondomar Sport Clube, a pedido de José Luís Oliveira. E com o intuito de evitar que este influencie o relatório do jogo ter-lhe-á dito: «Oh Garrido, dou-lhe um conselho: não se meta nisto», «senão tomo medidas e limpo-o do futebol». «Você deve evitar ..é meter-se em áreas para f.... alguma instituição a que eu esteja minimamente ligado».
Noutros passos da acusação são descritas movimentações do dirigente do GSC com membros do CA a fim de evitar que os observadores de árbitros assistam aos jogos. Tudo para permitir que os árbitros amigos trabalhem mais à vontade.
José Luís Oliveira é acusado de 26 crimes de corrupção activa, sob a forma de autoria, e de 21 crimes de corrupção desportiva activa. Pinto de Sousa está acusado de 26 crimes de corrupção passiva para acto ilícito e Valentim Loureiro também é acusado de 26 crimes de corrupção activa sob a forma de cumplicidade e dois crimes de prevaricação, estes últimos relacionados com a gestão autárquica, concretamente com o alegado favorecimento da empresa de um amigo num concurso para a elaboração de uma revista sobre a autarquia. Noutro caso está em causa a não concretização de uma ordem de demolição de obras de ampliação ilegais na casa de outro amigo.

E assim temos a verdade desportiva no nosso futebol


Muitas vezes vejos sportinguista e benfiquistas a questionarem-se do porquê que diversos clubes quando jogam contra o FCP parecem ser fracos e cansados e nos jogos com os grandes de lisboa até comam a relva.

Apesar da curta passagem pelo Porto, Octavio Machado deu a dica e viu como as coisas funcionam nesse clube...

Ficou surpreendido com as evoluções do processo ‘Apito Dourado’?
- Eu, que ando há quarenta anos no futebol?! Fui a primeira pessoa a falar do sistema. Dez anos antes de Dias da Cunha o fazer. Pensa que alguma vez vou esquecer o que vivi antes do jogo Gil-Vicente-FC Porto na época de Carlos Alberto Silva. Foram os momentos mais traumatizantes da minha vida e da minha carreira. Esse jogo determinava a descida de divisão do Gil Vicente, treinado por António Oliveira, caso a equipa perdesse contra o FC Porto, na altura do jogo já campeão nacional. Não esquece porquê?– Porque tive de lutar para que mantivéssemos a nossa dignidade.

Sofreu pressões para que o FC Porto facilitasse a vida ao Gil Vicente?– Num telefonema chegaram a dizer-me que eu era a única pessoa do FC Porto que desejava a vitória da equipa frente ao Gil Vicente.

Quem lhe telefonou?– Um amigo. De facto, bem vi aqueles que foram ao balneário do Gil Vicente festejar a vitória da equipa. Perdemos por 1-0, mas não perdemos a dignidade porque não cedo a pressões e disse isso mesmo aos meus jogadores no fim do jogo.

Pinto da Costa deu-lhe a entender que o FC Porto devia facilitar?– Nunca me diria isso porque me conhece.

Algum dirigente do FC Porto o fez?– Há muitas maneiras de fazer pressão. Posso apenas dizer que vivi momentos muito difíceis, mas tenho que deixar alguma coisa para revelar no meu livro. Mas não foi a única vez que me aconteceu. Num jogo entre a Académica e o FC Porto em que se discutia a descida de divisão da Académica, também passei por situações difíceis. Acabamos por ganhar com um golo de Raudnei, infelizmente para alguns, porque não era suposto o FC Porto ter ganho esse jogo à Académia.

Em que época se passa esse segundo episódio?– Quando Ivic era treinador do FC Porto.O treinador da Académica era António Oliveira...– Exactamente.Foi pressionado, por duas vezes, para não prejudicar duas equipas, treinadas por António Oliveira?– Vivi momentos muito difíceis.

Banco suspende administrador da SAD do FC Porto


O GERENTE da agência das Antas do Banco Mello, e membro da administração da SAD do FC Porto, Nuno Espregueira Mendes, é suspeito de oferecer aos clientes juros acima da taxa oficial. As eventuais irregularidades que levaram o banco a suspender o gerente de um seus mais importantes balcões configuram um caso semelhante, ainda que em pequena escala, ao do corretor Pedro Caldeira. Espregueira Mendes terá ainda exorbitado das suas competências ao ter, supostamente, facilitado crédito a amigos. Entre os amigos mais chegados contam-se Reinaldo Teles e Adelino Caldeira, dois executivos da SAD do FC Porto

Augusto Duarte aliciado para prejudicar Benfica



Investigação: inquérito da PJ já finalizadoPinto da Costa apanhado a tratar de rebuçadinho
Luís VieiraPinto da Costa é um dos principais arguidos do Apito DouradoA Polícia Judiciária suspeita que o presidente do FC Porto tenha estado envolvido no aliciamento do árbitro Augusto Duarte a influenciar o resultado do encontro Nacional- Benfica da época transacta.
Os investigadores do ‘Apito Dourado’ interceptaram uma conversa telefónica entre Pinto da Costa e um alto dirigente do clube madeirense, na véspera do desafio, da qual resultam indícios de corrupção. O telefone sob escuta era o de Pinto da Costa, e nessa conversa alerta-se para o facto de um tal “A.D.” estar “à espera do rebuçadinho”. A resposta foi tranquilizadora: o interlocutor que estivesse descansado, “pois está-lhe garantido”.Os investigadores estão convencidos de que o “rebuçadinho” era uma prostituta e que “A.D.” seria nem mais nem menos do que o árbitro Augusto Duarte. Quanto à partida, recorde-se, o Nacional venceu por 3-2, tendo Augusto Duarte tido uma nota positiva pela generalidade da imprensa escrita que relatou o jogo. No final ter-se-ão registado alguns incidentes entre jogadores, mas já sem a presença ou interferência de Augusto Duarte.O presidente do FC Porto foi confrontado com o teor desta gravação quando foi interrogado em Gondomar pela juíza de instrução Ana Cláudia Nogueira. Argumentou, então, que a interpretação dada a esta conversa estava completamente adulterada e que as iniciais “A.D.” se referiam a uma outra pessoa.A juíza, porém, não ficou convencida, sendo este um dos dois casos de corrupção activa desportiva que lhe imputou. E ponderou, inclusive, decretar a Pinto da Costa como medida de coacção, a proibição de contactar com prostitutas. E só a intervenção do seu advogado, Gil Moreira dos Santos, fez a juíza pensar duas vezes. Perguntou o causídico se o seu cliente deveria inquirir as senhoras com quem pretende entabular conversa “se é, foi, ou será prostituta?”. Ana Nogueira acabou por recuar. Um exemplo que, todavia, não aplicou quando determinou essa proibição de contactar prostituas ao empresário António Araújo. Entretanto, a Polícia Judiciária já encerrou a investigação, cabendo agora ao Ministério Público de Gondomar apreciar os indícios recolhidos, a fim de deduzir a acusação, com a concretização do tipo e quantidade de crimes cometidosA PJ reuniu indícios que serviram para constituir quase duas centenas de arguidos, número que deverá, contudo, ser substancialmente reduzido na acusação. RUI MENDES VAI A TRIBUNALPara a próxima terça-feira, nos juízos criminais de Lisboa, está marcado o julgamento do processo interposto por Nemésio de Castro, antigo membro da Comissão de Arbitragem da Liga, contra Rui Mendes, um ex-árbitro do Marco de Canavezes que esteve na base de uma parte da investigação do “Apito Dourado”. Em Abril de 2001 deu conta ao presidente da Liga Valentim Loureiro – reafirmando depois por carta – de um contacto de Nemésio quando se dirigia para o jogo Campomaiorense-Leiria, do principal campeonato, que interpretou como sendo uma pressão para ajudar a equipa alentejana. Essa interpretação, que não é corroborada pelos seus auxiliares (José Borges, Vítor Oliveira e Luís Miranda), apareceu nos jornais e Nemésio de Castro colocou um processo por difamação e injúrias. Rui Mendes colaborou activamente, recorde-se, com os inspectores do caso “Apito Dourado” e chegou a acompanhá-los a jogos de futebol para os elucidar sobre o tráfico de influências que alegadamente era praticado entre diversos agentes desportivos. Mas depois Mendes foi constituido arguido no âmbito do ‘Apito Dourado’. "VALENTIM E JOSÉ OLIVEIRA CONVERSARAM"A medida de coacção imposta pelo Tribunal de Gondomar, que proíbe o vice-presidente da câmara de Gondomar, José Oliveira, de manter qualquer tipo de contacto com o seu presidente, Valentim Loureiro, não impediu que ambos participassem na reunião do executivo de ontem à tarde, nos Paços do Concelho. Após várias faltas justificadas às reuniões ordinárias da câmara, por acordo feito com o Ministério Público para ser libertado da prisão domiciliária em Dezembro passado, José Oliveira esteve pela primeira vez, desde o início do ‘Apito Dourado’, na mesma sala com Valentim Loureiro. Em comunicado, a câmara afirma que "foram escrupulosamente respeitadas as decisões, ainda em vigor, da senhora Juíza do Tribunal de Gondomar".No entanto, o vereador e presidente da Concelhia do PS, Ricardo Bexiga, presente na reunião, garantiu ao CM que Valentim e José Oliveira contactaram "directamente um com o outro”. “Estavam sentados lado a lado e falaram normalmente. Tudo isto é estranho, tendo em conta que acontece no dia em que se sabe que o inquérito terminou. Os tribunais devem agora acautelar o cumprimento da lei e do respeito pela justiça”, concluiu.

Martins dos santos investigado




O árbitro portuense Martins dos Santos diz desconhecer o conteúdo da conversa entre Pinto da Costa e Pinto de Sousa De acordo com aquele jornal da Invicta, o líder do clube campeão nacional terá solicitado ao presidente do Conselho de Arbitragem da Federação (FPF), Pinto de Sousa, que o árbitro Martins dos Santos apitasse o jogo dos quartos-de-final da Taça de Portugal entre o Rio Ave e o FC Porto, em que os vilacondenses acabaram por ser eliminados pelos 'dragões por 2-1. Será este telefonema que liga Pinto da Costa ao processo desencadeado pela Polícia Judiciária denominado "Apito Dourado" e que terá levado inclusivamente a PJ a ponderar a sua detenção com os restantes 16 detidos, entre os quais o presidente da Liga Valentim Loureiro e Pinto de Sousa."Não sei o conteúdo dessa conversa. Portanto, também não me vou pronunciar sobre essa matéria", esclareceu ontem o árbitro Martins dos Santos à Rádio Renascença, frisando que nada tem a ver com o alegado telefonema entre aqueles dois dirigentes: "Recebo as credenciais para ir arbitrar e tento fazê-lo o melhor possível, de modo a não ter influência nos resultados", acrescentando que ninguém o contactou para que fizesse qualquer jogo."SE CALHAR ESTÁ ENVOLVIDO"O juiz portuense, que entretanto se despediu da arbitragem por limite de idade, recupera as apreciações feitas pela comunicação social na sequência da polémica eliminatória entre o Rio Ave e o FC Porto para deixar claro que está totalmente tranquilo.Já no que diz respeito ao processo 'Apito Dourado', desencadeado no passado dia 20 de Abril pela Polícia Judiciária, o árbitro Martins dos Santos admite que o seu nome possa estar envolvido como o de outros árbitros: "Se calhar está envolvido... Contudo, não tenho nenhum problema, não. Portanto, não vejo que haja motivo para preocupação", concluiu o árbitro portuense, apesar do presidente da arbitragem, Pinto de Sousa, ter sido confrontado pela juíza de Instrução Criminal de Gondomar sobre os pedidos de Pinto da Costa.

MP emite mandatos de captura



Mas não será hoje porque está ausente. Houve buscas na SAD portista e em dois outros locais. Quatro árbitros e o empresário António Araújo estão detidos e serão presentes ao Tribunal de Gondomar



O processo Apito Dourado teve hoje inesperadas novidades. Foram lançados cinco mandatos de captura, emitidos pelo Ministério Público, para quatro árbitros e António Araújo, um empresário de futebol ligado ao FC Porto pela «presumível prática de crimes de corrupção no fenómeno desportivo». Jorge Nuno Pinto da Costa, informou a PJ, também foi notificado para depor no âmbito do processo de corrupção no futebol «Apito Dourado».

Ao final da manhã, começaram a ser ouvidos nas instalações da Polícia Judiciária do Porto António Araújo, empresário de futebol, e quatro árbitros. Pinto da Costa também foi informado pela PJ de que irá prestar esclarecimentos, mas soube o PortugalDiário o presidente portista está ausente e poderá mesmo estar fora do país. De qualquer forma, diz a PJ que o dirigente portista está «localizado e informado» e que já fez saber que se deslocará voluntariamente à PJ para prestar declarações.
Da parte da manhã, elementos da PJ fizeram buscas na SAD do FC Porto, na Torre das Antas, e em mais dois locais. O PortugalDiário sabe que o Centro de Estágios do clube, em Vila Nova de Gaia, e a casa do presidente do FC Porto foram também alvo de buscas. A PJ confirmou, entretanto, as buscas em casa do presidente portista.
O PortugalDiário sabe que os árbitros que estão a ser ouvidos são Augusto Duarte, de Braga, Jacinto Paixão, de Évora, Martins dos Santos, do Porto e mais 2 arbitros.
Os elementos vão ainda hoje ser ouvidos no Tribunal de Gondomar. Recorde-se que, há seis meses, 16 pessoas foram constituídas arguidos, num processo em que Valentim Loureiro e Pinto de Sousa estão envolvidos.
Refira-se que António Araújo, que antes de ser empresário de futebol foi presidente do Vilanovense, protagonizou três transferências importantes para o FC Porto esta época: Diego, Pepe e Leandro.

Mourinho sabia do que falava...


Invicta, cidade com forte implantação mafiosa.

O FC Porto-Chelsea, referente à última jornada do Grupo H da milionária Liga dos Campeões, está a ser cautelosamente preparado por José Mourinho. E não só desportivamente. Reuters O regresso de José Mourinho ao Porto, ao serviço do Chelsea, está a ser cautelosamente preparado Porque o técnico português, através do seu advogado - Paulo Calçada - já solicitou ao Ministério Público (MP) algumas medidas extraordinárias, de modo a garantir a sua segurança no Estádio do Dragão, no jogo que marca o regresso do treinador à cidade Invicta. Tudo na sequência do processo instaurado por Mourinho a Hélder Mota, o elemento dos SuperDragões que, na véspera da final de Gelsenkirchen, ameaçou o técnico de morte, e que, posteriormente, em Londres, o cuspiu na face, minutos antes do Chelsea-FC Porto. Agora, entre as medidas de segurança solicitadas ao MP, consta também um pedido de interdição ao Estádio para Hélder Mota. Mourinho quer o 'Super' fora do 'Dragão'. À margem do processo interposto contra aquele elemento da claque portista, é certo que a visita do Chelsea ao Porto será acompanhada de perto, como sempre acontece nas saídas dos londrinos, pelos seguranças privados dos 'blues'. Quer isto dizer que, da parte do técnico, todas as medidas estão a ser tomadas no sentido da visita ao Dragão ser tão pacífica quanto possível, mesmo conhecendo-se o ódio que lhe dispensam os SuperDragões. Entretanto, em entrevista ontem publicada no 'Expresso', Mourinho evita falar sobre as ameaças que sofreu - até porque o processo corre nos tribunais -, mas admite fazer-se acompanhar de segurança privada caso tenha de se deslocar ao Porto a título particular. Aliás - , compara mesmo a Invicta a Palermo, cidade com forte implantação mafiosa.

Corrupção de arbitro é apenas o fio de um grande novelo



Pinto da Costa é um dos nomes-chave numa investigação criminal liderada pela Polícia Judiciária do Porto que transcende eventuais crimes de corrupção no futebol, apurou A Capital. Os outros nomes são os de Valentim Loureiro e de um empresário da construção civil. O presidente do Futebol Clube do Porto, segundo fontes ligadas à investigação criminal, juntamente com Valentim Loureiro, o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, entretanto suspenso, e um empresário da construção civil do Porto, têm sido investigados relativamente a alegados crimes económicos de grande dimensão, nomeadamente relacionados com negócios imobiliários. Segundo as mesmas fontes, seria este o triângulo que era preciso desequilibrar para chegar a resultados na investigação. Ao mesmo tempo, foram também analisadas situações duvidosas, ligando os investigados à Câmara Municipal do Porto e ao Metro do Porto, locais onde já antes foram feitas buscas no decorrer da operação Apito Dourado. A alegada corrupção a árbitros de futebol era, inicialmente, considerada pelos investigadores como um dos aspectos menos importantes, do ponto de vista da relevância criminal dos factos em investigação, a quem interessava especialmente conseguir chegar à criminalidade económica a que estes nomes estariam associados. Note-se que o crime económico é até legalmente classificado como «criminalidade altamente complexa e organizada». Ontem de manhã, a Polícia Judiciária efectuou buscas na residência de Pinto da Costa e na Torre das Antas, edifício onde estão situados os escritórios da FC Porto, SAD

Dinheiros do estado financiam centro de estágio para o FC Porto


Menezes à campeão-Para «oferecer» ao FC Porto o seu Centro de Estágio, a Câmara de Gaia gastou mais de 16 milhões de euros e endividou-se até 2011. Resultado de uma investigação das Finanças já enviada para o Ministério PúblicoMiguel Carvalho / VISÃO nº 604 30 Set. 2004Luís Filipe Menezes bem merece um «dragão de ouro».Enquanto presidente da Câmara de Gaia, entregou ao FC Porto uma das mais valiosas prendas que o clube recebeu, nos últimos anos, o Centro de Estágio do Olival. Os custos couberam apenas ao município: mais de 16 milhões de euros (quase 3,3 milhões de contos) de dinheiros públicos. Os «dragões» receberam ainda, e à borla, os direitos de superfície por 50 anos e apenas liquidam uma renda mensal pouco superior a 500 euros (100 contos). Se um dia se fartarem, vão à sua vida, sem qualquer compensação para a edilidade. A autarquia, essa, ficaria com um elefante branco, cuja gestão ela própria reconhece não ser capaz de assegurar: «Seria desastrosa do ponto de vista dos recursos públicos», admite o executivo camarário, num documento da sua lavra.Estas são, em resumo, as principais conclusões de um extenso relatório de uma auditoria da Inspecção-Geral de Finanças à Câmara de Gaia, a que a VISÃO teve acesso. O documento definitivo, recebido em Maio último no gabinete de Menezes, visa, sobretudo, a gestão da parceria entre o município e o FC Porto, SAD. As irregularidades e ilegalidades detectadas pelos inspectores dão pano para mangas e revelam uma calamitosa gestão pública, motivo pelo qual o relatório foi enviado para o Ministério Público.Olé, Porto, olé! Tudo começou em 1999.Desde logo, as fundações Portogaia e Gaia Cidade d´Ouro através das quais se canalizaram verbas para a construção do empreendimento, não deveriam sequer ter existido, por não terem cabimento legal.Nesse capítulo, o papel do Ministério da Administração Interna foi decisivo e, no mínimo, incompreensível. O MAI considerou que a Portogaia - da qual a FC Porto, SAD detinha a maioria - tinha património suficiente para os fins propostos, apesar do seu financiamento «certo e regular» ser proveniente da Fundação Gaia Cidade d´Ouro , a qual não tinha personalidade jurídica e cujo reconhecimento viria a ser chumbado, mais tarde, pelo próprio ministério.À época, o titular da pasta era Fernando Gomes, ex-presidente da Câmara do Porto, um dos notáveis da família portista . É do seu ministério que saem as decisões feridas de ilegalidade, de acordo com o relatório. Mas já não é do seu tempo o «chumbo» da fundação mais problemática. Esse surge apenas em finais de 2002. Já depois de fundação ter sido declarada... extinta (ver caixa).«A vida que fervilha à volta do quotidiano do FC Porto» foi um dos argumentos invocados por Menezes para justificar o investimento. Estudos técnicos sobre o impacte do Centro de Estágio, não houve . «De qualquer espécie», sublinha-se.A IGF entende que sairia mais em conta a escolha de um clube de Gaia para a parceria. Mas a autarquia escudou-se na experiência do FC Porto para justificar a escolha.Tudo pelo dragão O Centro de Estágio consumiu mais de 16 milhões de euros de dinheiros públicos, entre terrenos e obras. A IGF descobriu, entre outras coisas, que o avaliador dos terrenos não tinha estatuto para o fazer, incorrendo em responsabilidade criminal. E que não se justificava o interesse público ao abrigo do qual se efectuaram as expropriações urgentes. Como se não bastasse, a garantia do empréstimo contraído pela Portogaia foram os próprios terrenos cedidos ao clube. Outra ilegalidade.As próprias obras foram adjudicadas sem concurso público. De resto, a autarquia, apesar de representada na fundação, «prescindiu da capacidade de influenciar decisões importantes».Em todo o processo, o interesse público foi subordinado aos interesses do FC Porto. «Todos os riscos financeiros ficaram do lado público, especialmente o risco de expropriações, o risco de construção e o risco financeiro», lê-se. Mas os lucros da exploração do Centro de Estágio, se os houver, serão sempre para os cofres das Antas.A Câmara não criou sequer uma estrutura de acompanhamento e controlo da parceria com o FC Porto, SAD. Ou seja, aparentemente nunca se preocupou em fiscalizar a aplicação de dinheiros públicos.Nem mesmo as contrapartidas sociais, escolares e desportivas para os cidadãos de Gaia estão garantidas. Os interesses da população são defendidos «na medida do possível» e se não colidirem com as prioridades do FC Porto. Nem o protocolo assinado já em 2003 compensa isso. Para IGF, «outros parceiros garantiriam uma maior fruição do equipamento pela população escolar, pelos mais jovens e pelos estratos socialmente mais carenciados».Este processo configura, pois, «um inequívoco apoio a um clube desportivo». E os «dragões» até podem, já amanhã, deixar o espaço, sem que a autarquia seja ressarcida. Contraditório e críticas Menezes, no contraditório enviado à IGF, contesta a maior parte dos argumentos do relatório, alegando haver erros grosseiros, contradições e omissões. O município, defende-se, «tem pautado a sua conduta com observância e pleno respeito pelas regras e princípios orientadores da eficaz e eficiente gestão pública». O autarca considera que a utilização do Centro de Estágio pelo FC Porto é, por si só, «determinante para o desenvolvimento económico e social de uma área desertificada do concelho». E esgrime a seu favor o facto de uma auditoria da Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT) considerar «arrojado e inovador» o projecto com o FC Porto, SAD, não tendo detectado ilegalidades na criação das fundações e nos compromissos financeiros assumidos.A IGF rejeitou a esmagadora maioria das justificações de Menezes.O PS, por seu lado, condena o autarca. Depois de denunciar, por diversas vezes, aquilo que considera «uma má gestão de dinheiros públicos», o vereador Barbosa Ribeiro - sócio do FC Porto, por sinal - espera agora que o Ministério Público venha sustentar a responsabilidade penal pelo sucedido.Refira-se, a propósito, que Sporting e Benfica tiveram ou terão, no caso dos «encarnados», de libertar vários milhões de euros dos seus cofres para construir os seus centros de estágio. Mas nem todos têm um Menezes por perto

Camara do Porto favorece FC Porto




O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, está a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ), no âmbito das investigações da operação "Apito Dourado" e dos alegados favorecimentos na Câmara do Porto.De acordo com a edição desta semana do "Expresso", Pinto da Costa é uma das individualidades que se encontram na lista de autarcas, ex-presidentes de câmara e dirigentes desportivos que a PJ investiga. O dirigente do clube dos "dragões" será suspeito de "envolvimento em situações de corrupção desportiva", estando o seu nome ainda referenciado num caso de permuta de terrenos entre a autarquia do Porto e o o clube desportivo a que preside. No âmbito deste último caso, a casa do ex-presidente da Câmara do Porto, o socialista Nuno Cardoso, foi alvo esta semana de uma busca por parte da Polícia Judiciária, que levou três extractos bancários e dois contratos, um da venda da habitação onde residia e outro relativo à aquisição da casa que o ex-autarca adquiriu recentemente.Ainda segundo o "Expresso", Pinto da Costa estará ligado ao caso que envolve o presidente da Câmara de Gondomar e presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Valentim Loureiro, actualmente sujeito ao termo de identidade e residência, por suspeita de crimes de corrupção desportiva e tráfico de influência e alegado financiamento ilegal de partidos.A suspeita que recai sobre Pinto da Costa é baseada num telefonema gravado pela PJ, no qual o presidente do FC Porto apela a Valentim Loureiro que use a sua influência num processo disciplinar a correr contra si na Liga, por causa de declarações a criticar um árbitro. Em resposta, o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional sublinha que o assunto em causa não lhe compete mas que irá analisá-lo.Pouco depois, há um almoço entre os dois dirigentes, no qual Pinto da Costa presenteia Valentim Loureiro com um relógio comemorativo do aniversário do FC Porto, no valor de 150 euros.O Ministério Público poderá não ter provas suficientes para que seja formulada uma acusação contra Pinto da Costa, dado o valor simbólico do relógio oferecido, podendo ser necessário encontrar outras provas que sustentem as suspeitas contra o presidente do FC Porto.
O FC PORTO também hipotecou uma parcela de terreno que pertence à Câmara Municipal, incluindo-a nas garantias que deu ao sindicato bancário que financia o novo estádio. Segundo a explicação dada pelo clube à autarquia, tratou-se de um «lapso» provocado pelo facto de a parcela em causa ainda estar registada em seu nome, apesar de reconhecidamente já ter sido permutada com a autarquia.

Arbitro passa férias no Brasil á conta do FC Porto.




Carlos Calheiros — Viagem ao Brasil Paga pelo FC do Porto




De suspeita em suspeita continuou a arbitragem. Até que veio à baila o país idílico que é o Brasil. Não pelas suas lindas praias, mas porque em 1995 o árbitro Carlos Calheiros, de Viana de Castelo, a apitar no escalão superior, viajou para esse país, de férias, acompanhado da sua família, e a factura da despesa das viagens acabou por ser paga pelo FC Porto, curiosamente, à Agência Cosmos, que normalmente trabalha com o clube das Antas. A despesa apontava para 762 mil escudos. Pinto da Costa veio a terreiro defender o árbitro, justificando o sucedido com um mero lapso de secretaria da Agência propriedade de Joaquim Oliveira. O árbitro, por sua vez, acusou quem o dizia defender. Em que ficávamos? Tudo estava sob suspeita. E sob suspeita ficou. O caso foi arquivado pela FPF e o Ministério Público confirmou terem existido alegados actos de corrupção, embora não tenha sido provado que a viagem ao Brasil de Carlos Calheiros e família tenha sido para pagar favores ao FC Porto"".

O papa está a morrer! Estará mesmo???


O que os terá feito mudar???

A 14 Outubro de 2003, o então vice-presidente do Sporting, Soares Franco, referia-se assim ao arguido presidente do tal clube regional mais a norte: «Ouvi dizer que o Papa estava a morrer. Ele faz esta semana 25 anos de legado e o senhor Pinto da Costa já vai com 21.» Soares Franco afirmava ainda que os clubes que competiam com o Sporting deviam ser considerados adversários e que o futebol devia viver num ambiente de «guerrilha», mas uma guerrilha com «regras»... Aposto que se referia à regra do, "todos contra o Benfica"... (Record, 14/10/2003)
No dia seguinte, Pinto da Costa respondia, "com a habitual ironia", ao vice sportinguista: «Este senhor é indigno de representar Portugal numa comitiva de futebol, porque ofendeu o espírito da maior parte dos portugueses que têm uma admiração pelo homem, pelo Papa, ainda que tenha atenuantes devido à hora a que proferiu as declarações.» Acrescenta, ainda: «Nunca mais Filipe Soares Franco terá a oportunidade de me cumprimentar. Quem me ofende, eu esqueço, mas quem ofende de maneira tão estúpida Sua Santidade não tem a mínima hipótese de eu esquecer.» (Record, 15/10/2003)
Bastaram 2 anos e meio para que estas duas aves raras se contradigam e se sentem juntas e se entretenham em cumprimentos e simpatias. Por parte de pinto da Costa tal atitude não tem nada de espantoso, foi assim com Roquette, com Valentim Loureiro, com Pimenta Machado, com Damásio, entre outros. Tanto os elogia e os trata como grandes amigos como os insulta. E a ordem não tem necessariamente de ser esta! Pensei que FSF seria mais inteligente e perceber que uniões com gente escroque não levam a lado nenhum. Afrontar um bandido na sua especialidade é o princípio para a derrota. Em todos estes anos que assisto a estas santas alianças, em nenhuma ocasião vi o meu clube sair beneficiado pelas mesmas. E depois querer regenerar o futebol português com Pinto da Costa?!?!? E porque não convidar Valentim Loureiro, Adriano Pinto, Pinto de Sousa, JG Aguiar para a mesma mesa de discussão sobre os podres do futebol português e respectiva resolução.

Presidente do FC Porto foi avisado das buscas pela própria PJ !


http://dossiers.publico.pt/shownews.asp?id=1271513&idCanal=1296

DIAP do Porto vai investigar suspeita de fuga de informação favorável a Pinto da CostaLusa27/09/2006O Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto foi encarregue de investigar a suspeita de fuga de informação no caso Apito Dourado que terá favorecido o presidente do FC Porto, Pinto da Costa.Fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR) disse à agência Lusa que o director nacional da Polícia Judiciária (PJ), Alípio Ribeiro, entregou na segunda-feira o pedido formal para que fosse aberto um processo de investigação à suspeita de fuga de informação sobre o mandado de busca à casa do presidente do FC Porto, arguido no processo Apito Dourado.A fuga de informação, atribuída a um elemento da PJ do Porto, terá permitido a Pinto da Costa ausentar-se do país, evitando a sua detenção e frustrando as próprias buscas, avançou o jornal "Correio da Manhã".Na sequência da notícia do jornal, Alípio Ribeiro afirmou que "a Polícia Judiciária não poderia ficar indiferente a uma situação destas, mas também não pode nem deve investigar-se a si própria, até por ser um caso de relevância criminal, mais do que disciplinar".